Fux determina que mensagens hackeadas não sejam destruídas; Moraes determina envio ao STF

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O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou, nesta quinta-feira (01), que as mensagens de autoridades que foram hackeadas não sejam destruídas. Na semana passada, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou que destruiria as mensagens, pois foram obtidas de forma ilícita.

O Supremo julgou o caso após um mês de recesso. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, os ministros do STF afirmaram que a decisão de destruir ou não o material não cabe a Moro. O pedido pela não destruição foi feito pelo PDT, partido do ex-candidato à presidência da República Ciro Gomes.

Apesar de ter decidido pelo não descarte, o veredicto de Fux ainda precisa passarpor referendo do plenário do Supremo, que é composto pelos 11 ministros. O ministro também pediu que o STF detenha acesso a todo o material, de forma sigilosa.

Cópias

Após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, determinar que o material probatório já colhido na Operação Spoofing sejam preservados, Alexandre de Moraes pediu a cópia de todo o inquérito, o que inclui as mensagens apreendidas pela Polícia Federal.

Segundo O Globo, na decisão, o ministro explica que o pedido ocorre “diante das notícias veiculadas apontando indícios de investigação ilícita contra Ministros desta Corte, expeça-se ofício ao Juízo da 10ª Vara Federal Criminal de Brasília, solicitando cópia integral do inquérito e de todo material apreendido durante a “Operação Spoofing”, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas”.

A perícia feita pela PF nos aparelhos eletrônicos apreendidos com o hacker Walter Delgatti Neto, o “Vermelho”, detectou ataques a 1.162 números telefônicos distintos. Incialmente falava-se em aproximadamente mil alvos.

Intercept

Há quase dois meses, o site The Intercept Brasil começou a publicar uma série de reportagens que inclui mensagens trocadas entre procuradores da Lava Jato, e o então juiz Sérgio Moro. A série foi denominada “Vaza Jato”.

No dia 24 de julho, um dos hackers presos pela polícia federal confessou ter obtido acesso à conta do Telegram do ministro da Justiça, e passou todo o conteúdo obtido para o jornalista Glenn Greenwald, do Intercept.

Bahia Notícias & BNews

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