Após denúncia do PNB, SEDUR diz que demolição da calçada do casarão da antiga Franave foi necessária para promoção da acessibilidade

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(foto: arquivo pessoal)

Na última terça-feira (23), o PNB publicou uma denúncia sobre o calçadão dos antigos casarões da Franave, situados na Orla II de Juazeiro, que estão sendo destruídos pela empresa contratada pela gestão municipal para realizar a obra do Centro Gastronômico da cidade. Em contato com a redação um leitor, que preferiu manter o anonimato, criticou a destruição do passeio que compõe a arquitetura do espaço.

“Por que estão destruindo a calçada? Ela não faz parte do conjunto arquitetônico dos casarões? Existe um projeto mostrando o que será feito? Cadê esse projeto? A comunidade quer saber e tem o direito de participar e de opinar”, indagou o leitor. Além disso, ele criticou que o projeto não foi apresentado e nem discutido com a comunidade.

“A pergunta que fica é: A empresa executora está cumprindo este projeto inicial? Fez outro de execução? Qual? Cadê o projeto? Existe? Por quê a comunidade não ficou sabendo disso? Isso foi discutido em fóruns, conselhos, secretarias? Não se trata de uma intervenção qualquer. É em uma área de importância histórica e simbólica para a comunidade, de muito apelo afetivo, e isso precisa ser discutido. O empreendimento é bem vindo, mas é importante manter o patrimônio”, finalizou (leia na íntegra).

Resposta

O PNB entrou em contato com a Secretaria de Obras e Desenvolvimento Urbano (SEDUR), que afirmou que a demolição da calçada foi necessária para promoção da acessibilidade e adequação das caixas de esgotamento sanitário, e que toda a intervenção atende as normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

“O projeto da obra foi apresentado à comunidade pelo prefeito Paulo Bomfim em seu gabinete, num evento aberto a toda sociedade e o mesmo está disponível na SEDUR para qualquer cidadão que queira ter acesso. Vale ressaltar que no decorrer da obra o projeto sofre alterações no sentido de oferecer a melhor estrutura possível à população, e todas essas alterações são fiscalizadas, discutidas e alinhadas, inclusive com a comissão de patrimônio do Conselho Municipal de Cultura e também com o Conselho das Cidades responsável pela fiscalização de infraestrutura e arquitetura”, diz o documento.

O PNB entrou em contato com o Conselho Municipal de Cultura, mas não obteve resposta.

Em relação ao fechamento da rua, a SEDUR esclareceu que está em estudo o uso da via de forma a atender a demanda do equipamento e também da população. Segundo a secretaria, uma equipe técnica, formada por arquitetos e engenheiros acompanha a execução da obra. “Informa ainda que, quando surgem alterações do projeto por parte dos agentes executores, a secretaria consulta os Conselhos municipais com o intuito de manter a preservação de todos os aspectos arquitetônicos, garantindo a valorização e o resgate do patrimônio histórico de um prédio que estava abandonado”, finaliza a nota.

Da Redação

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