Relatório sobre mortes no HDM/IMIP é encaminhado para o Ministério Público Federal

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Depois de meses de trabalho, a Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara de Vereadores de Petrolina apresentou  na sessão plenária desta quinta (29), um relatório com os resultados da apurações de mortes ocorridas no Hospital Dom Malan (HDM)/Imip. A CPI é formada pelos vereadores Ronaldo Souza (Cancão), Maria Elena (PRTB), Ronaldo Silva (PSDB), Professor Gilmar Santos (PT), Paulo Valgueiro (MDB), Gabriel Menezes (PSL) e Rodrigo Araújo.

De acordo com o documento, o principal problema enfrentado pela unidade hospitalar é demanda maior do que a oferta, ou seja, o grande número de pacientes que chegam diariamente o hospital. Atualmente, o HDM/IMIP mulheres de mais de 50 municípios da Rede Peba no Vale do São Francisco.

Durante a sessão, o vereador Ronaldo Souza (Cancão), presidente da Comissão, declarou que durante a apuração realizada pela CPI, vários personagens foram ouvidos e apenas o Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco (Cremepe) se negou a prestar esclarecimentos sobre as denúncias de negligência no HDM.

Ainda segundo o documento, além dos casos que tiveram grande repercussão, havia cinco inquéritos instaurados contra a unidade médica sem o devido conhecimento da sociedade.

O relatório foi encaminhado hoje (30), ao Ministério Público Federal (MPF), pois os vereadores detectaram inconsistências nas apurações.

Entre os casos investigados pelo grupo está a morte de Gislaine Lopes, de 21 anos, natural da cidade de Remanso-BA. Ela teria morrido por consequência de uma infecção generalizada, no dia 10 de outubro de 2017.

Outro caso foi o da adolescente de 15 anos, Milian Carvalho da Silva, que estava grávida de cinco meses e morreu dias após dar entrada no Hospital Dom Malan (HDM) em maio de 2018. Os corpos das jovens foram exumados para investigação policial. (Veja aqui)

Sobre o relatório, o HDM/IMIP de Petrolina informou em nota que não foi notificado oficialmente a respeito do documento e por isso não conhece o seu conteúdo. “Mas reforça que a sua direção sempre foi colaborativa com a Comissão de Saúde. Inclusive, em junho do ano passado, o superintendente do hospital esteve na Câmara de Vereadores para prestar esclarecimentos”, declarou.

O texto diz  ainda que o hospital está sempre à disposição das autoridades competentes, “pois não há nada a esconder. Todos os dados do hospital estão no Portal da Transparência”.

A nota finaliza afirmando que o Dom Malan é um hospital público, 100% SUS, “é do povo, para o povo e tem como missão prestar uma assistência de qualidade, resolutiva e humanizada a toda população”, concluiu.

 

Da Redação

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