Robert Mugabe, que governou o Zimbábue por 37 anos, morre aos 95

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(Foto: Themba Hadebe / AP Photo)

O ex-presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, morreu nesta sexta-feira (6) aos 95 anos, em um hospital em Singapura, onde recebia tratamento médico há cinco meses. Não foi divulgada a causa da morte do ex-chefe de estado, que governou o país entre 1980 e 2017.

Emmerson Mnangagwa, atual chefe de estado do país, anunciou a morte do ex-líder, que era visto por alguns como ditador e por outros como herói da independência da ex-colônia britânica.

“É com grande tristeza que anuncio a morte do pai fundador do Zimbábue, o antigo presidente Robert Mugabe. Que a sua alma descanse em paz eterna”, afirmou no Twitter.

“O comandante Mugabe era um ícone da libertação, um pan-africano que dedicou sua vida à emancipação […] de seu povo. Sua contribuição para a história de nossa nação e de nosso continente jamais será esquecida. Que sua alma descanse em paz”, completou o presidente.
Mugabe estava com a saúde debilitada e já não era capaz de andar.

Herói da independência
Mugabe nasceu em 21 de fevereiro de 1924. Na década de 1970, liderou uma campanha de guerrilha contra o governo da ex-colônia britânica.

Em 1979, a primeira-ministra britânica, Margaret Thatcher, reconheceu oficialmente a independência da Rodésia, como era chamado o Zimbábue. No ano seguinte, Mugabe foi eleito primeiro-ministro.

No início de seu mandato, ele conseguiu unir a população, através de uma política de reconciliação racial. Por ter sido um dos ícones da luta pela independência, muitos o consideraram um herói que acabou com o governo da minoria branca na nação africana, ampliando o acesso à saúde e educação para a população negra.

Porém, no poder, Mugabe se revelou um autocrata, que levou a economia do Zimbábue à ruína. Seus últimos anos de governo foram marcados por violações de direitos e corrupção.

Em novembro de 2017, Mugabe foi forçado a renunciar após perder o apoio da União Nacional Africana do Zimbábue – Frente Patriótica (Zanu-PF) e sofrer um golpe militar.

G1

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