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A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) se manifestou sobre a greve, por tempo indeterminado, dos médicos do Hospital Regional de Juazeiro (HRJ) deflagada nesta quarta-feira (23). A categoria reivindica o pagamento do salário referente ao mês de setembro e melhores condições de trabalho.
Cerca de 50 profissionais pararam as atividades. Com a greve, apenas os serviços de urgência e emergência, para casos graves, e o setor de oncologia estão funcionando normalmente. O ambulatório e as consultas e procedimentos eletivos estão suspensos e a população deve buscar atendimento em outras unidades da região. Enquanto durar a paralisação, não serão recebidas demandas da Central de Regulação.
Em nota, a Sesab disse que realiza pagamentos regulares e consecutivos a todos os fornecedores, incluindo à organização social que administra o Hospital Regional de Juazeiro, a Associação de Proteção à Maternidade e à Infância Castro Alves (APMICA), que é a responsável pela gestão dos insumos e recursos humanos.
Segundo a secretaria, o último pagamento, no valor de R$ 5 milhões, foi realizado no dia 18 de setembro. Entretanto, de acordo com o delegado regional do Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed), Dr. José Carlos Tanuri, esse pagamento foi referente ao mês de agosto. Os R$ 5 milhões equivalentes ao mês de setembro continuam pendentes.
Com isso, segundo Dr. Tanuri, os médicos continuam com as atividades parcialmente paralisadas.
O PNB não conseguiu contato da APMICA e não obteve resposta do HRJ.
Histórico de greves
Ao longo deste ano, os médicos médicos do HRJ realizaram diversas greves. Em abril, eles também suspenderam os atendimentos. A paralisação decorreu por conta das precárias condições trabalho no hospital e da falta de pagamento dos salários, segundo o Sindimed.
Em 4 de julho, o médicos da unidade deflagaram greve reivindicando o pagamento do salário do mês de maio. Um dia depois, o pagamento referente ao mês de maio foi efetuado, mas a categoria manteve estado de greve, tendo em vista que os salários de junho estavam pendentes. Uma nova greve, prevista iniciar no dia 19 de julho, foi suspensa, após a regularização.
Mês passado, as atividades também foram paralisadas após atraso no pagamento dos salários do mês de agosto.
Da Redação