Suspeito de participar de ataque ao Porta dos Fundos é expulso do PSL

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(foto: Reprodução)

O economista e empresário Eduardo Fauzi, suspeito de participar do ataque à sede produtora de vídeos Porta dos Fundos, foi expulso nesta segunda-feira (6) do PSL, legenda à qual era filiado desde outubro de 2001. A informação foi confirmada à TV Globo, por telefone, pela secretária do PSL Nacional, Lorruama Olveira.

Tendo como base imagens de câmeras de segurança posicionadas próximo à produtora, que fica no Humaitá, na Zona Sul do Rio de Janeiro, a Polícia Civil fluminense identificou ter sido Fauzi um dos suspeitos que jogou um dos coquetéis molotov contra a fachada da produtora.

O ataque à produtora aconteceu no dia 24 de dezembro. Os investigadores afirmam que cinco pessoas participaram do ataque e que Fauzi foi o único que fugiu com o rosto descoberto.

A produtora Porta dos Fundos tem sido criticada nas redes sociais, por vários grupos cristãos, pela maneira como retratou Jesus no especial de Natal de 2019, um programa de humor exibido na Netflix. O filme insinua que Jesus teve uma experiência homossexual após passar 40 dias no deserto.

Grupos cristãos de várias denominações têm protestado contra o Especial por se sentirem ofendidos em sua fé.

Embarque para a Rússia

A Polícia do Rio descobriu que Eduardo Fauzi embarcou para Moscou, na Rússia. As informações foram apuradas pela TV Globo na quinta-feira (2). Ele viajou na tarde do dia 29 de dezembro para Paris, um dia antes da expedição do mandado de prisão.

Imagens obtidas pela equipe de reportagem mostraram que ele chegou de táxi ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Zona Norte do Rio. Veja vídeo acima.

Fauzi fez três viagens à Rússia somente ano passado. Desta vez ele embarcou num voo da Air France e está com passagem de volta comprada para o dia 29 de janeiro.

Procurado, o Itamaraty informou que o Brasil mantém acordo de extradição com a Rússia desde 2007 e que o pedido deve ser solicitado pelo Ministério da Justiça, conforme o trâmite em casos desse tipo.

Ao G1, o Ministério da Justiça disse que, se o juiz original do caso pedir de fato a extradição, a pasta atenderá e encaminhará às autoridades.

Vídeo nas redes sociais

Fauzi postou, na quarta-feira (1°), um vídeo em rede social com sete minutos de duração. Ele fez a gravação dentro de uma casa. Apontado pela polícia como dos criminosos que atacaram a produtora, no vídeo ele chama os integrantes do grupo Porta dos Fundos de criminosos, marginais e bandidos.

No mesmo dia, o Jornal Nacional apurou que, antes de publicar o vídeo, Fauzi chegou a dizer a amigos num aplicativo de mensagens que estava em Florianópolis. Desde a terça-feira (31), ele era considerado foragido da Justiça.

Fauzi já responde a processos por ameaça, agressão contra mulher, lesão corporal e formação de quadrilha.

Agressão em 2013

Em 2013, uma das agressões foi em frente às câmeras. O então secretário municipal de Ordem Pública, Alex Costa, concedia uma entrevista quando levou um soco de Eduardo Fauzi.

Na época, Fauzi trabalhava em um estacionamento irregular e ficou revoltado durante uma fiscalização da prefeitura. Depois de bater no secretário, ele foi preso por lesão corporal e respondeu em liberdade.

Nesta quarta, o Disque Denúncia do Rio chegou a divulgar um cartaz oferecendo uma recompensa de R$ 2 mil por informações que levassem à prisão dele.

G1

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