Bolsonaro defende ampliar número de engarrafadoras para baixar preço do gás

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O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta 6ª feira (10.jan.2020) que determinou o estudo da possibilidade de criar mais locais especializados para encher botijões de gás.

Pelo Facebook, Bolsonaro escreveu que “as centenas de quilômetros” que o botijão precisa percorrer para ser abastecido e depois distribuído ao consumidor é 1 dos fatores que impactam no preço do produto.

“No Brasil existem poucas engarrafadoras. Tem Estado que não tem uma sequer. O botijão ‘anda’ centenas de quilômetros para ser enchido e, depois, mais uma centena até o consumidor. Com dezenas de centrais nos Estados e mais empresas, essa verdadeira viagem do botijão deixaria de existir, teríamos mais competição e o preço cairia”, sugeriu o presidente.

Bolsonaro criticou a burocracia do setor de distribuição de gás no país. “Nessa guerra, o inimigo a ser derrotado serão os burocratas (sem dificuldade da minha parte), e os ‘especialistas’, que se dividem em 2 grandes grupos: os idiotas úteis que gostam de aparecer nas TVs e os lobistas (graneiros)”.

Em resposta a 1 seguidor, o presidente mostrou-se simpático à ideia de encher o botijão de gás em postos de combustíveis, tal como ocorre em países como o Paraguai.

PROPOSTAS
Desde o ano passado, o governo estuda medidas para ampliar a concorrência no setor de gás com o objetivo de baratear o preço do produto.

O Poder Executivo já anunciou que pretende permitir a venda de botijão parcialmente cheio ou de forma fracionada. Isso, de acordo com o presidente da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Décio Oddone, derrubaria o valor do produto.

Pelo modelo em estudo, que já é usado em outros países, os consumidores poderiam levar os botijões até pontos de enchimento e determinar a quantidade do produto que comprariam. O modelo é semelhante, por exemplo, ao abastecimento de carros com gasolina e etanol.

Outra regra em análise é a proibição de uma empresa encher o botijão da concorrente. Pelas regras atuais da ANP, as empresas do setor apenas enchem botijões identificados com sua marca comercial estampada. Para isso, há uma logística para a troca de vasilhames que são recolhidos nas casas dos consumidores.

“A troca de botijões entre as distribuidoras gera custo adicional de logística. Está em estudo a liberação de vasilhames sem marca e o enchimento de vasilhames de outras marcas”, disse Oddone.

Poder 360

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