A chegada do período chuvoso representa sinal de alerta para a população. De acordo com o Ministério da Saúde, os meses de novembro a maio são considerados endêmicos por serem períodos de intensas chuvas em algumas regiões ou de período quente em outras, sendo estas mudanças propicias para a proliferação do mosquito transmissor da dengue, Zika e Chikungunia.
Nesta quinta-feira (30), a equipe do PNB flagrou que a fonte luminosa da Praça Cel. Aprígio Duarte filho, conhecida popularmente como Praça do Jacaré), que fica no Centro da Cidade, está com um cenário propício para a proliferação do Aedes aegypit. Desativada, a fonte está com acúmulo de água parada e suja, potencializando a multiplicação dos ovos do mosquito, aumentando assim, as chances de contágio por enfermidades.
(foto: Thiago Santos/PNB)
Em conversa com o PNB, um vendedor autônomo que trabalha naquela área ressaltou que o problema é recorrente. “Nesse período de chuva, é desse jeito. A água ficada acumulada por vários dias, até evaporar completamente. A prefeitura, pelo visto, nem lembra que existe esse espaço aqui. É, realmente, um risco, principalmente para quem trabalha aqui, como eu e os mototaxistas”, disse.
O PNB entrou em contato com a Secretaria de Saúde (SESAU) de Juazeiro, para esclarecer quais providências serão adotadas. O órgão informou apenas que vai enviar uma equipe de Agentes de Combate às Endemias à Praça Aprígio Duarte, para averiguar a situação. A SESAU informa ainda que as pessoas podem realizar denúncias e reclamações através do WhatsApp (74) 9198 3057.
Fatores
Não é apenas o grau de pureza da água que determina o desenvolvimento das larvas, segundo estudo da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Ao selecionar o local para depositar os ovos, a fêmea avalia fatores que influenciam no crescimento das larvas, como luminosidade, temperatura e presença de matéria orgânica. Como as larvas do Aedes são sensíveis à luz, elas se desenvolvem bem em água que contenha substâncias dissolvidas que causem turbidez. A presença de matéria orgânica como proteínas, carboidratos e lipídios também contribui para o desenvolvimento dos mosquitos.
O Aedes Aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika, chikungunya, febre amarela, entre outros. Dentro de casa, os moradores devem observar a existência de recipientes com água parada como: vasos de plantas, caixas d’água, piscinas ou qualquer outro meio que possa acumular água, por menor quantidade que seja, principalmente nesse períodos de chuva, para evitar a proliferação do mosquito.
Surto de dengue
Dados recentes do Ministério da Saúde apontam que onze estados brasileiros correm risco de passar por um surto de dengue em 2020. Só em 2019, foram registrados 1.544.987 casos da doença, com 782 mortes. Na Bahia, que também integra a lista de risco, cerca de 64.496 casos de dengue foram registrados entre janeiro e outubro do ano passado. 381 municípios baianos foram notificados.
Da Redação