(foto: divulgação/PMJ)
Com a chegada do carnaval antecipado em Juazeiro e a repercussão mundial sobre o coronavírus, a Secretaria Municipal de Saúde da cidade tranquilizou a população sobre a presença do vírus na região. De acordo com o Ministério da Saúde, existe a notificação de 33 casos no Brasil, sendo 16 suspeitos em cinco Estados brasileiros, sendo que no Nordeste a investigação está concentrada no Ceará, mas nenhum caso foi confirmado.
A superintendente de Vigilância em Saúde, Tatiane Malta assegura que o coronavírus não é motivo de alarme em Juazeiro. “Não temos nenhum caso de notificação e nem casos suspeitos na Bahia, com isso, tranquilizamos a população e também os foliões que devem desembarcar essa semana em Juazeiro. Claro, orientamos sempre para as boas práticas alimentícias, de higiene e uma rotina que inclua a prática de exercícios físicos para o bom funcionamento do corpo, mas descartamos qualquer alarme sobre coronavírus em nossa cidade” descreveu Tatiane.
Ainda assim, a SESAU orienta a população a manter suas atividades de higiene pessoal e lembra a importância de lavar bem as mãos, usar álcool gel, evitar sair de casa para locais com grande presença popular com qualquer sintoma de febre e gripe, lavar bem os alimentos antes das refeições, cuidar para manter uma alimentação saudável, além da prática de atividade física sem alterações. Outra orientação da secretaria diz respeito à automedicação, pois o uso de qualquer medicação deve vir de um profissional de saúde para diagnóstico e eficácia no tratamento.
Dúvidas
O novo surto de infecções por coronavírus tem criado um alerta geral na população. Embora não tenha sido confirmado nenhum caso no Brasil, as autoridades sanitárias e o Ministério da Saúde estão atentos e monitorando os casos suspeitos. A Organização Mundial de Saúde declarou, na última quinta-feira (30), estado de emergência global.
Dentro de tantas notícias, as fake news aparecem aos montes e assustam a população. Por isso, é importante checar as fontes ao ler sobre a epidemia. O infectologista do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), Luiz Cláudio Arraes, esclareceu que o coronavírus não é um vírus novo. Foram identificados desde 1960, em animais e em seres humanos. “O que nós temos agora é uma variante”, afirma o infectologista. Ainda não se sabe ao certo a origem do surto atual, mas acredita-se que a fonte primária do vírus seja em um mercado de frutos do mar e animais vivos em Wuhan.
Alguns coronavírus são capazes de infectar humanos e podem ser transmitidos de pessoa a pessoa pelo ar (secreções aéreas do paciente infectado) ou por contato pessoal com secreções contaminadas. Na maior parte dos casos, a transmissão é limitada e se dá por contato próximo.
Ele se manifesta, principalmente, com sintomas respiratórios, muito parecido com sintomas da gripe. “Pode variar desde casos assintomáticos, casos de infecções de vias aéreas superiores semelhante ao resfriado, até casos graves com pneumonia e insuficiência respiratória aguda, com dificuldade respiratória”, diz o médico. Crianças de pouca idade, idosos e pacientes com baixa imunidade podem apresentar manifestações mais graves.
Não há um medicamento específico para tratar. Indica-se repouso e ingestão de líquidos, além de medidas para aliviar os sintomas, como analgésicos e antitérmicos. Nos casos de maior gravidade com pneumonia e insuficiência respiratória, suplemento de oxigênio e mesmo ventilação mecânica podem ser necessários.
Como reduzir o risco de infecção pelo novo coronavírus?
• Evitar contato próximo com pessoas com infecções respiratórias agudas;
• Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente e antes de se alimentar;
• Usar lenço descartável para higiene nasal;
• Cobrir nariz e boca ao espirrar ou tossir;
• Evitar tocar nas mucosas dos olhos;
• Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
• Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
• Manter os ambientes bem ventilados;
• Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
* com informações do Ministério da Saúde, da Organização Mundial de Saúde e do IMIP
Da Redação