Um turista chinês de 80 anos infectado pelo coronavírus morreu na França, segundo anúncio da ministra da saúde francesa Agnès Buzyn. Ele estava internado desde o final de janeiro em um hospital no norte de Paris, e é a primeira morte fora da Ásia desde o início da epidemia.
Até esse caso, apenas três mortes haviam sido confirmadas fora da China: no Japão, em Hong Kong e nas Filipinas. Na China continental, já são quase 1.400 mortes confirmadas, segundo último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado na sexta-feira (14).
Em torno de 60 mil pessoas já foram infectadas pelo vírus. A epidemia teve um salto recente no número de infectados após o governo chinês mudar a metodologia para detecção de novos casos.
Não há casos confirmados de infecção no Brasil. O Ministério da Saúde acompanha casos de suspeita e divulga diariamente atualizações.
A pasta informa que tem realizado monitoramento diário da situação junto à OMS e que ativou um centro de operações de emergência para monitorar possíveis casos suspeitos. Entre as ações já adotadas, estão a notificação da área de portos, aeroportos e fronteiras da Anvisa, avisos à área de vigilância do Mapa (Ministério da Agricultura) e notificação às secretarias de saúde.
A Anvisa informou ter enviado recomendações a equipes de vigilância em saúde em portos e aeroportos para reforço no controle de possíveis casos suspeitos de coronavírus. O órgão enviou um documento que orienta equipes destes locais sobre o atendimento de viajantes com sintomas e pede notificação imediata de casos suspeitos, além de intensificação em procedimentos de limpeza e desinfecção de terminais.
O governo Jair Bolsonaro decretou estado de emergência em saúde pública no início de fevereiro para conter o vírus.
A portaria, publicada no DOU (Diário Oficial da União), permite à Secretaria de Vigilância em Saúde solicitar ao Ministério da Saúde a contratação temporária de profissionais de saúde, a aquisição de bens (como equipamentos) e a contratação de serviços. Os brasileiros resgatados da cidade de Wuhan, capital da província de Hubei (epicentro da doença), estão em quarentena na Base Aérea de Anápolis (GO).
Folhapress