Caso Alex Júnior: após mais de 15 dias sem respostas, familiares e amigos cobram justiça

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Há 16 dias, o jovem Alex Junior da Silva Dias Carvalho, 22 anos, foi encontrado morto e com sinais de violência, nas proximidades da Estação Elevatória de Esgoto do bairro Tabuleiro, em Juazeiro-BA. Até o momento a polícia não apresentou suspeitos e ninguém foi preso.

Sem respostas para o caso, familiares e amigo de Alex estão realizando nas redes sociais uma campanha que cobra justiça e solicitando que o caso não caia em esquecimento. Eles acreditam que o jovem foi vítima de homofobia.

No último dia 03, data em que o corpo de Alex foi encontrado, a reportagem do PNB conversou com a mãe do jovem. Ela informou que o filho havia ido a um bar no bairro Tabuleiro na tarde do domingo (2), onde discutiu com um rapaz que o teria chamado de “viadinho”.

Ela contou ainda que Alex reagiu e houve uma discussão entre os dois. A mãe suspeita que, após a discussão, o filho foi atraído até o local do crime, que não fica no caminho da casa da família. “Ele saia e sempre voltava para a casa. Falei com ele por volta das nove horas da noite e até aí estava tudo bem. Esperei ele voltar e nada. Pela manhã recebi a notícia que tinham encontrado um corpo e era do meu filho.

A mãe do jovem contou  também ao PNB, que Alex tinha um deficit mental. “A idade mental dele era de uns 12 anos. Ele não fazia tratamento, mas a idade mental não era compatível com a idade cronológica”, disse a mãe. Ela considera que o filho foi vítima de um crime de homofobia. “Se chamaram ele de viadinho? A polícia deve investigar. Alex era um bom filho”, desabafou.

De acordo com a Polícia Militar, o  corpo do jovem foi encontrado por volta das 6 horas da manhã da segunda, com ferimentos na cabeça, aparentemente provocados por pedradas e pauladas.

Na época, o coordenador municipal da Aliança Nacional LGBT, Alzyr Brasileiro, lamentou o crime e se solidarizou com a família do jovem. “O assassinato de um LGBT+ é um ato de violência contra toda a população. Nós, da ONG CORES e da Aliança Nacional LGBT+ estamos consternados e inconformados com mais um crime brutal contra um jovem cheio de sonhos. Estamos à disposição da família para total apoio jurídico, social e psicológico. Aguardamos das autoridades competentes a solução desse caso absurdo, e esperamos que a investigações tenham sucesso e que os assassinos paguem por isso. Vamos fazer valer a lei! Homofobia é crime!”, protestou o ativista.

Da Redação

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