Em balanço divulgado nesta segunda-feira (16), o Ministério da Saúde informou que o Brasil agora registra 234 casos confirmados do novo coronavírus (Sars-Cov-2). O país notificou ainda 2.064 casos suspeitos, sendo que 1.624 casos foram descartados.
O Estado de São Paulo possui mais da metade dos casos (152 no total), seguido do Rio de Janeiro (31), Distrito Federal (13), Santa Catarina (7), Rio Grande do Sul e Paraná (6), Minas Gerais (5), Goiás (3), Bahia, Mato Grosso do Sul e Pernambuco (2). Amazonas, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo e Rio Grande do Norte registram um caso confirmado de coronavírus (um caso por unidade da Federação).
Mais da metade é dos casos foram importados, ou seja, as pessoas contraíram o vírus em viagens para fora do Brasil). Outros 34% são situações de transmissão local, quando uma pessoa infectada contamina outra na mesma cidade. Há casos de transmissão comunitária, ou seja, quando as autoridades de saúde não conseguem rastrear a origem da infecção, em SP e no RJ.
A idade média dos infectados é de 40 anos. Ainda não foram notificadas mortes em razão da doença. Todas as unidades da federação tem casos confirmados ou suspeitos. 18 pessoas estão hospitalizadas (7% do total).
Casos não notificados
O balanço não contabiliza outros casos já confirmados pelas secretarias estaduais de saúde. Consultados pelo G1, os órgãos estaduais apontam que há outros 65 casos que ainda não entraram no balanço federal divulgado durante a tarde, o que eleva o número total para 299 até as 7h30 desta terça-feira (17).
Os mais de 60 casos que ainda não entraram no balanço estão distribuídos pelo Distrito Federal e mais sete estados: BA, CE, ES, GO, MG, MS, PE, RS e SE.
Leitos
O Ministério da Saúde a disponibilização de dois mil novos leitos volantes de Unidades de Tratamento Intensiva (UTIs) por seis meses. Atualmente há 55 mil espaços deste tipo no país, sendo a metade no Sistema Único de Saúde e a metade em hospitais particulares. Contudo, a rede pública atende 75% da população, enquanto a privada, 25%.
Parte destes leitos será distribuída a todos os estados proporcionalmente à população. Uma outra parcela será repassada de acordo com a necessidade. A estimativa é sejam investidos R$ 396 milhões para contratação e R$ 260 milhões para manutenção por seis meses. Os estados entrarão com recursos humanos e os espaços físicos.
A equipe do Ministério anunciou também o bloqueio da exportação de equipamentos e materiais utilizados em UTIs, como ventiladores, respiradores, monitores, luvas, máscaras. O objetivo é que esses bens sejam direcionados para atender às demandas dos serviços de saúde aqui no Brasil.
Testes
Nos estados com casos importados e transmissão local, os testes estão sendo feitos em pessoas com sintomas, vínculo epidemiológico com a doença e que tenham viajado. Por enquanto, onde há transmissão comunitária, a prioridade é dada a paciente em estado grave.
Os gestores do Ministério da Saúde acrescentaram que a pasta estuda a possibilidade de comprar testes rápidos. “É possível que o MS faça uma aquisição e importação de testes rápidos, que não dependem de envio de material para laboratórios. Isso está em fase de discussão”, comentou o secretário executivo.
Mais Médicos
O governo anunciou a contratação de 5,1 mil médicos dentro do programa Mais Médicos. O governo irá permitir a entrada no programa de cubanos que tenham atuado no momento anterior à ruptura da cooperação existente na transição para o governo Bolsonaro. A seleção começará com profissionais brasileiros com registro no conselho da categoria ou com diploma revalidado. Até hoje, 4,4 mil médicos já haviam se inscrito no edital.
Caso as vagas não sejam preenchidas, os médicos cubanos poderão ser convidados, em uma seleção específica e desde que cumpram algumas exigências, como terem sido naturalizados, terem pedido de refúgio ou que tenham solicitado residência no país. Além disso, poderá haver convocações específicas para estudantes do último ano de cursos da saúde para desempenhar atividades acessórias, bem como de médicos voluntários que poderão contribuir com as ações de assistência.
Mundo
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), os números de casos e de mortes por Covid-19 fora do território chinês já ultrapassaram os registrados na própria China. Monitoramento da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos aponta que foram registradas, em todo o mundo, 7.074 mortes pela doença. Dessas, 3.217 ocorreram na China.
* com informações do Bem Estar e da Agência Brasil
Da Redação
