Após o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, mudar a orientação para o uso das máscaras no Brasil, afirmando que agora, a recomendação é de que toda a população passe a utilizá-las como forma de diminuir o risco de contaminação da Covid-19, muitos profissionais do ramo da confecção estão comercializando o material de segurança, descobrindo assim uma oportunidade de vendas nesta época de crise. Com o distanciamento social, muitos deles ficaram sem renda e agora estão conseguindo trabalhar sem sair de casa.
A costureira e artesã Cristina de Andrade, que mora em Juazeiro, está fornecendo o material para a região do Vale São Francisco. Ela está produzindo máscaras com do tecido tricoline 100% algodão e elástico.

“A produção de máscaras já era feita por mim, mas, para outros finalidades, as encomendas surgiam com menos intensidade como está sendo agora nesse período de quarentena. Faço para o público em geral e a procura está bastante alta”, explicou.
Para Cristina, a confecção do material também é uma forma de contribuir para o enfrentamento do novo Coronavírus. “Fornecer as máscaras a baixo custo, é uma forma de diminuir a sobrecarga que o comércio está sofrendo, e garantir o produto, que está em falta. E assim direcionado a venda para o pessoal da saúde”, afirmou.
Ela garantiu ainda que a confecção das máscaras segue todos as exigências do Ministério da Saúde. “As máscaras são feitas com dois forros de tecido, nas medidas das comercializadas e com o material adequado”, concluiu.
A estilista Ninfa Tavares também descobriu na confecção e venda de máscaras, uma forma de sobrevivência da sua empresa e manutenção de seus funcionários. “Eu trabalho com moda, vendendo roupas e dependo da realização de festas e do funcionamento de bares e restaurantes para poder me manter no mercado. Normalmente as pessoas não compram roupas para ficar dentro de casa, elas querem ser vistas. Então, como as grandes empresas não estão conseguindo atender todas as demandas, resolvi confeccionar as máscaras”, afirmou.

Ela também afirmou que está seguindo as orientação do Ministério da Saúde, com um toque de moda. “Elas são duplas, feitas com um material encorpado, 100% algodão, do tamanho indicado. Além disso, estou brincando com estampas e cores”, acrescentou.
Ainda de acordo com Ninfa, o objetivo é produzir 2 mil máscaras em 20 dias úteis para serem comercializadas ao público em geral. A estilista finalizou informando que doou todos os retalhos que tinha para uma associação, que fará mascaras para pessoas carentes. “Essa também é uma forma de contribuir para o enfrentamento do vírus. Então, continuarei doando todos os retalhos que eu tiver”, concluiu.
Orientações
Médicos e especialistas orientam que as máscaras devem ser de uso individual, ou seja, não podem compartilhadas por mais de uma pessoas ou entre membros da família. Elas devem que conter duas camadas de tecido (preferencialmente de algodão) para que seja de fato uma eficiente barreira contra microrganismos.
Para a fixação pode ser utilizado elásticos (que podem ser aqueles utilizados para prender o cabelo) ou ainda tiras para amarrar acima e abaixo da orelha. A mesma deve proteger a boca e o nariz para que seja de fato efetiva. Para a higienização do item, a pessoa deve lavar utilizando água corrente e água sanitária deixando-o de molho por pelo menos dez minutos.
A recomendação é que sempre que for necessário sair de casa o indivíduo possa colocar a máscara e tenha sempre uma de reserva preservada de contaminação externa, assim como também é preciso levar uma sacola para guardar a primeira máscara que deverá ser trocada após duas horas de uso. Dessa forma, a máscara caseira será mais uma estratégia de proteção além de evitar que muitas pessoas corram até farmácias e lojas de suprimentos hospitalares. As máscaras comercializadas devem ficar disponíveis aos profissionais da saúde.
*Com informações da PMP
Da Redação Por Yonara Santos