Hospital, em Juazeiro, nega atendimento a usuária do Planserv com sintomas da covid 19, segundo familiares

2

 

A jovem Rebecca Stolze utilizou suas redes sociais para reclamar sobre o atendimento que sua mãe, 59 anos,  recebeu no Hospital Promatre, em Juazeiro, na última sexta-feira (3).

Procurada pelo PNB Rebecca contou que a médica se negou a atender sua mãe que apresentava tosse, febre, dor, perda de olfato e paladar e vários outras sintomas relacionados à covid 19. A mulher procurou a instituição hospitalar, por ser a que atende ao seu plano de saúde, o Planserv.

” Na tarde do dia 3 de julho, minha mãe, com quase 60 anos completos, idade que inicia a chamada Terceira Idade, que sempre pagou e paga todos os seus impostos, bem como o seu Plano de Saúde – Planserv compareceu ao Hospital Promatre de Juazeiro, pois esta se encontrava há 14 dias com os sintomas da covid e têm como comorbidades diabetes e doença autoimune, para procurar atendimento médico que pudesse lhe nortear sobre o que fazer e como proceder”,

A jovem disse que sua mãe já havia procurado a UBS do bairro em que mora.

” Ela já havia comparecido a UBS do bairro, onde lhe disseram que ligariam com 10 dias do início dos sintomas para marcar o exame para a data de hoje. Não tendo retorno da SESAU (Secretaria de Saúde de Juazeiro-Ba), nem da Vigilância Sanitária e tão pouco da UBS, tentou exercer o seu direito a um atendimento médico de urgência no dito hospital”, disse Rebecca

Ela conta ainda que sua mãe foi “humilhada” pela médica, que negou atendimento e ainda submeteu a paciente a um “sermão”, ignorando que ela era uma usuária do Planserv.

” Ainda na Triagem, o enfermeiro (ela não se recorda do nome) já havia informado que ela deveria comparecer à UPA da cidade, mesmo minha mãe relatando que estava muito ruim, que tinha o Plano de Saúde e lá era o Hospital indicado pelo Plano para ser atendida. O enfermeiro fez a triagem e chamou a médica Marcela Lima, que  perguntou o que minha mãe foi fazer lá. (Acho que a dita médica não deve saber o que uma pessoa faz numa urgência de hospital). Ela pediu que minha mãe entrasse na sala de atendimento da emergência para passar sermão. Minha mãe imaginava que seria ouvida, auscultada, examinada. Ledo engano. A médica a encaminhou para dentro da sala para humilhá-la. Para dizer que ela não deveria estar lá e estava levando risco às demais pessoas que estavam no Hospital. Minha mãe tentou por diversas vezes se fazer ouvida, mas a médica não permitia. Falar pra um paciente sozinho e doente em estado de vulnerabilidade é fácil”, contou Rebecca.

Indignada, Rebecca informou que sua mãe deixou o hospital sem ser atendida e que a médica “apenas se dirigiu a ela para ‘descarregar’, e após ter dito tudo o que quis, completou a sua fala dizendo que estava cumprindo as ordens do diretor do hospital”, relatou a filha da paciente.

“Qual a preparação psicológica os médicos, enfermeiros e profissionais de saúde em geral têm para lidar com os casos suspeitos de contaminação por COVID-19 na Pandemia? Ao se graduar em medicina o indivíduo deixa de ser “humano”? O que leva um hospital e uma médica plantonista a negarem atendimento a uma pessoa que chega com sintomas da infecção? questionou a jovem.

Ela informou que o fato foi levado ao conhecimento da coordenação do hospital e a família também já protocolou uma reclamação junto ao plano de saúde. O PNB está encaminhando a reclamação da usuária ao Planserv, Promatre e Sesau, em buscas de respostas.

Da Redação

2 COMENTÁRIOS

  1. É triste mais não é só com os casos de covid 19! Meu avô a quase dois anos atrás tbm foi rejeitado ao atendimento tbm sendo usuário do planserv! Triste realidade saímos de casa em buscar de orientação e cuidados médicos e encontramos médicos desumanos,que não estão nem aí pro oq está acontecendo! A promatre deixar muito a desejar!

  2. Um absurdo isso, nós pagamos nosso plano Planserv para sermos maltratados por alguns médicos que atuam na PROMATRE, que são desumanos, não honram o juramento que fez.

DEIXE UMA RESPOSTA

Comentar
Seu nome