O ministro da Educação, pastor Milton Ribeiro, anunciou nesta segunda-feira que está com Covid-19 . Em uma publicação no Twitter, Ribeiro afirma que está medicado e que despachará remotamente.
Ribeiro tomou posse na última quinta-feira em uma cerimônia discreta no Palácio do Planalto. O ministro chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, compareceu presencialmente. Já o presidente Jair Bolsonaro participou da cerimônia por vídeoconferência.
“Acabo de receber agora pela manhã resultado positivo para COVID. Já estou medicado e despacharei remotamente”, escreveu Ribeiro.
Diferentemente de grande parte das posses do alto escalão do governo, a cerimônia do ministro da Educação aconteceu em uma sala no 3° andar do Palácio do Planalto. Em geral, esses eventos acontecem no Salão Nobre da sede do governo ou nos Salões Oeste ou Leste
Embora o governo recorrentemente promova eventos, inclusive posse de outros ministros como a de Fábio Faria, das Comunicações, no Planalto, a justificativa que circula sobre a posse ter sido fechada para a imprensa e em um local menor foi a precaução em relação ao novo coronavírus.
Fundeb
O anúncio é feito no dia em que, após cerca de três anos em discussão na Câmara, o debate em torno da PEC do Fundeb vive uma queda de braço às vésperas do desfecho. A votação, que estava prevista para esta segunda-feira, deve ficar para esta terça-feira.
Em meio às negociações, dois pontos propostos pelo governo já foram rejeitados no colégio de líderes: adiar os efeitos do novo Fundeb para 2022 e permitir a utilização de recursos do fundo para pagamento de aposentadorias. A estratégia do governo é tensionar a negociação ao máximo para conseguir obter o maior número de ganhos nesta reta final.
Três posições dividem a Câmara em relação à votação da matéria: o grupo mais ligado ao governo, liderado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL), defende que a PEC só pode ser votada em meio à pandemia se houver consenso. O argumento foi rebatido pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que afirmou que há consenso na Casa em relação à votação do tema.
O grupo ligado a Maia defende que a PEC seja votada ainda essa semana mas com tempo para que o governo possa se manifestar. Já a oposição advoga pela votação imediata do texto. As discussões sobre a PEC devem começar hoje, mas sem votação.
No sábado, como o GLOBO adiantou, o governo encaminhou uma nova proposta aos líderes da Câmara. Além do adiamento do Fundeb para 2022 e uso para pagamento de inativos, o texto traz outras sugestões polêmicas como a utilização de metade dos recursos para transferência direta de renda para famílias com crianças em idade escolar que se encontrem em situação de pobreza ou extrema pobreza.
O Globo