Secretaria de Saúde do município de Juazeiro, no Norte da Bahia, divulgou uma nota sobre a situação da paciente Jéssica Ferreira, que na última sexta-feira (28) deu à luz no chão do Hospital Materno Infantil da cidade e da criança, que aguarda transferência para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal.
Segundo o órgão, mãe e filha, que estavam com suspeita da Covid-19, tiveram o exame realizado na manhã desta segunda-feira (31).
“A realização dos testes da COVID-19 não foi feita anteriormente por ser necessário o mínimo de três dias com sintomas para a realização. Ambas tiveram swab rápido realizado com resultados negativos”, esclareceu.
A SESAU informou ainda que Jéssica está sendo transferida para o Hospital Dom Malan por conta de um quadro de pré-eclâmpsia e a criança aguarda regulação através da Central de Regulação Interestadual de Leitos (CRIL) para UTI neonatal.
“A SESAU informa ainda que toda a assistência as pacientes estão sendo tomadas”, concluiu o órgão.
Entenda o caso:
Jéssica deu a luz no chão da maternidade após dar entrada na unidade de saúde, já em trabalho de parto, no início da tarde de sexta. Não havia cadeiras de rodas no hospital e sua irmã, Luana Ferreira, foi quem levou a paciente, nos braços, para o interior da unidade, onde ficou aguardando atendimento na cadeira da recepção. Como não foi atendida, Jéssica pediu para que a irmã a deitasse no chão, onde deu à luz. A mãe só recebeu assistência de profissionais após o nascimento da criança.
Por ser prematura, a filha de Jéssica precisa ser internada em uma UTI neonatal, o que ainda não aconteceu. De acordo com Luana Ferreira, mãe e filha seriam transferidas para a cidade de Irecê, no Norte do Estado, no dia seguinte, mas a transferência foi suspensa porque ambas estavam com suspeita de covid-19. A vaga, portanto, foi perdida.
No dia seguinte, houve uma nova promessa de transferência para Recife-PE, o que também não aconteceu pois a unidade ainda não havia realizado o exame de covid-19 nas pacientes.
“No dia seguinte surgiu uma outra vaga em Recife. Eles falaram que iam fazer o teste rápido na mãe da menina na manhã do domingo, mas quando foi à tarde, que era para ser realizado o teste rápido para que a menina fosse para Recife, disseram que em Juazeiro não tinha como fazer o teste, e que teria que agendar para vir de outro lugar”, contou Luana.
Apesar da criança está com quadro de saúde estável, a família teme que o bebê possa ter algum agravo, já que está perdendo peso. “A menina está dentro de uma incubadora, que não é o correto para ela que tem apenas 29 semanas. Ela precisa de uma UTI neonatal, e eles não resolvem, não fazem nada. Eles estão apenas ganhando tempo para que a minha sobrinha perca peso, que nem ela já está perdendo, e venha a óbito”, desabafou Luana Ferreira.
Da Redação