Familiares de detentos do Conjunto Penal de Juazeiro cobram retomada das visitas; Seap diz que suspensão é necessária

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(foto: arquivo)

Familiares de detentos do Conjunto Penal de Juazeiro, no Norte da Bahia, seguem sem previsão de quando deverão retomar as visitas presenciais na unidade prisional. O procedimento foi suspenso desde o dia 17 de março por determinação da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP) em virtude da pandemia da covid-19, como forma de evitar a proliferação do novo coronavírus na unidade.

Há quase dois meses, o PNB veiculou uma matéria trazendo cobranças de parentes de presos, que alegavam descaso por parte da administração, já que não recebiam informações sobre os detentos, e também cobrando uma estimativa para o retorno das visitas presenciais. Na época, o Conjunto Penal informou que havia iniciado a visita virtual entre familiares e internos.

“A medida visa diminuir o impacto causado pelo afastamento dos familiares causado pela pandemia de Covid-19, uma vez que as visitas estão suspensas em todas as unidades do Estado da Bahia desde o dia 17 de março por determinação da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização-SEAP, que visa proteger a saúde dos internos quanto ao novel vírus”, disse na época.

Entretanto, familiares ainda questionam sobre a retomada das visitas presenciais. “Estamos desesperados, pois já são seis meses sem visita. Entendemos que foi para o bem de todos, mas não dá para entender porque já foi liberado o funcionamento do comércio, bares e restaurantes, e até mesmo do turismo, mas visitas não”, questiona uma familiar, cujo nome será preservado.

A mulher ainda sugere que haja um controle e limitações para que as visitas voltem a correr normalmente. “Poderia passar a diminuir a quantidade de visitantes, evitar visita de crianças e idosos, determinar o uso de máscaras, medir a temperatura. Essa situação é muito difícil, pois sabemos que eles estão sofrendo muito e nós também. Sabemos que muitos não se importam com essa situação, afinal pra alguns da sociedade são apenas a escória. Mas são filhos, maridos, pais, mães, netos que amamos e estamos com muita saudades”, acrescentou a familiar.

Hoje, além da visita virtual, o contato dos internos com familiares também são realizados por telefonemas e cartas, que podem ser entregues e recebidas na portaria da unidade ou via e-mail.

Ao PNB, a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP) explicou que neste momento, a suspensão de visitas e doações de doação de alimentos e materiais de higiene aos presos do CPJ é necessária no momento. O órgão informou ainda que não tem medido esforços para minimizar as dificuldades e restrições oriundas desse período de pandemia.

Veja a nota na íntegra:

A Seap entende as dificuldades do isolamento, que é uma medida necessária para superarmos a contaminação epidêmica, porém, faz-se necessário a suspensão das visitas presenciais de familiares e amigos aos presos, como também da doação de alimentos e materiais de higiene. Para suprir a falta desse contato familiar e social com os presos, as unidades estão promovendo outras formas de socialização através de vídeo visita, chamada de áudio e carta.

O momento é delicado, mas a secretaria não tem medido esforços para minimizar as dificuldades e restrições oriundas desse período de pandemia. A suspensão das visitas é reanalisada há cada 15 dias pelo Comitê Interinstitucional e irá perdurar enquanto for necessário à proteção dos internos.

Os familiares não precisam se preocupar com a alimentação e medicação dos presos pois isso é função do Estado e tem sido bem executada. Vale ressaltar que, desde o início da restrição das visitas, a Seap acresceu 1 refeição a mais na alimentação deles.

A Bahia foi um dos poucos estados brasileiros que tardou a chegada da contaminação do coronavírus nas unidades prisionais. Foram mais de 9 semanas sem nenhum caso entre servidores e internos, graças ao grande esforço realizado por todos, presos, familiares e servidores, hoje na Bahia, não temos nenhum preso ou servidor em tratamento médico-hospitalar, em consequência da Covid-19.

Da Redação

3 COMENTÁRIOS

  1. É um absurdo isso! Pois se ja foi praticamente tudo liberado. Já se fala em reabertura de cinemas, casa de festas. Tudo que traz risco e aglomeração. Não da pra entender né? Ou até dar na verdade é porque eles não se emportam. Vi na matéria que falam sobre não entrar alimentos e material de higiene, mas isso só se for em outros presídio da Bahia porque aqui no CPNJ não entra nada disso mesmo antes da pandemia.

  2. São seis meses , tudo bem , foi pra o bem deles , mais agora pelo amor de Deus pelo menos uma pessoa da família pra ver e passar a notícia , até normalizar tudo , enquanto o comentário sobre comida produtos de higiene pessoal aqui nunca entrou que acho um absurdo e só café almoço janta se desse pra comer tudo bem mais e Orrivel não dá só muita fome mesmo , então nos ajude liberando as visitas

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