Especial: “Minha história nos 70 anos da TV brasileira”, por Liana Cardoso

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(foto: arquivo pessoal)

“A TV precisa de alguém que não tenha o sotaque regional pra ser repórter ou apresentador “. Foi atraída por essa informação me passada por um amigo, que bati na porta da TV São Francisco, na época TV Norte. Isso em junho de 1991.

Fui contratada como editora de texto. Aos poucos comecei a fazer reportagens. Algumas matérias se destacaram, como a do registro da seca na região, que foi exibida em rede nacional no globo rural. Me lembro das dificuldades dos moradores da zona rural de Juazeiro que sofriam com a falta d’água. As imagens das carcaças do gado, que não resistiu, ficaram por muito tempo na minha cabeça. Comecei aí a entender a importância desse meio de comunicação, para dar visibilidade aos problemas da região, e do sofrimento do povo nordestino.

(foto: arquivo pessoal)

Depois de dois anos de seca, a chuva chega. Mas juazeiro não estava preparada. Ruas e bairros ficam inundados. Dezenas de moradores desabrigados. Lá estava eu registrando mais essa tragédia, que foi manchete nos telejornais da Rede Bahia. Foram minhas primeiras experiências em links ao vivo.

(foto: arquivo pessoal)

Em 1994, recebi o convite da TV Itapuã , me mudando definitivamente para salvador.

Já são quase 30 anos de jornalismo, que comecei ali na saudosa TV Norte, que também estava começando.Foi minha primeira e grande escola. Ainda imatura e inexperiente, fui aos poucos descobrindo o papel de uma emissora de TV, em dar vez e voz ao povo e a responsabilidade de ser uma formadora de opinião.

(foto: arquivo pessoal)

Sou muito agradecida a quem um dia me deu essa oportunidade por não ter nascido na região. Mas fica aqui meu registro: o sotaque do juazeirense é lindo! 

Liana Cardoso, repórter da antiga TV Norte  

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