“Como vamos trabalhar”? mães reclamam que prefeitura não vai mais ofertar o ensino em tempo integral para os alunos do Infantil III

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Mães de crianças que estudam na rede municipal de Juazeiro, no Norte da Bahia, foram surpreendidos este ano com uma mudança nas Escolas Municipais de Ensino Infantil (EMEI).

De acordo com elas, diferente dos anos anteriores, este ano, as instituições não vão ofertar o ensino em tempo integral para os alunos do Infantil III.

“A escola de tempo integral é uma conquista para nós, pais e mães. Além de possibilitar que possamos trabalhar e deixar nossos filhos e filhas em segurança, o ensino integral é recomendado para a primeira infância, pois além de conteúdos pedagógicos, a criança aprende outras coisas que não somente o beabá, mas se socializam, participam de atividades recreativas, aprendem a entender as diferenças, e tudo isso é importante para o desenvolvimento psico-social da criança. É uma pena que não continue,” lamentou uma mãe, que pediu para não ter a identidade divulgada.

Outra mãe ressalta que a escola em tempo integral é um instrumento importante para a autonomia das mulheres, para a independência financeira, já que com os filhos na instituição, elas podem trabalhar com tranquilidade.

“Sabemos que desde o início da pandemia o ensino está sendo feito à distância e que por conta disso, muitos de nós precisou deixar seus empregos por não terem com quem deixar seus filhos. Mas também, acreditamos e esperamos o fim da pandemia e a volta dos nossos filhos para a escola. Como uma mãe pode trabalhar sem ter com quem deixar os filhos? Muitas de nós se submetem a dependência dos companheiros, por vezes agressivos e violentos, porque não podemos ganhar nosso sustento. A escola em tempo integral nos dava a possibilidade de trabalhar. Agora, infelizmente, não teremos esse auxílio tão importante e necessário”, desabafou.

A renovação das matrículas dos alunos que fazem parte da rede municipal de ensino, que teve início nessa quarta-feira (13),  será automática e vai até o dia 22 de janeiro.

Encaminhamos a reclamação dos pais para a Secretaria de Educação, mas até o fechamento desta matéria não obtivemos resposta.

Da Redação

 

 

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