“Criou massa acomodada”: declaração de Miguel Coelho sobre o Bolsa Família; Petrolina recebe, por mês, mais de 6 milhões do programa

O Prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB), em entrevista ao Valor Econômico, declarou que o Bolsa Família “criou massa acomodada”, afirmando que o programa não tem porta de saída e defendendo o retorno rápido do Auxílio Emergencial, mas de forma regressiva.

A declaração do emedebista repercutiu na imprensa nacional, com menção a fala do do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, falecido em 2014, que comparou os Coelhos de Petrolina (PE) a “espécie mais feroz do reino animal”.

O Diário do Centro do Mundo, um dos veículos que repercutiu a declaração de Miguel Coelho, usou como título: “Bolsa Família criou massa acomodada”, diz prefeito rico de Petrolina”.

Alguns sites criticaram a declaração do gestor petrolinense e o seu “tom de voz manso”, defendendo “mais pragmatismo e menos ideologia na resolução dos problemas do Brasil”. Um “evidente discípulo da escola política em que o seu pai, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), dá aula”.

Miguel Coelho, que já manifestou sua intenção em disputar o governo de Pernambuco em 2022, também considera que o Auxílio Emergencial dificultou contratações no agronegócio.

O município de Petrolina, até dezembro de 2020, conta com 66.541 famílias cadastradas no Bolsa Família; São 33.218 famílias beneficiárias, até este mês de fevereiro. O que corresponde a uma cobertura de 120,3 % da estimativa de famílias pobres no município.

O Governo Federal transfere para o município, em média, R$ 6.186.610,00 no mês para o Bolsa Família.

Miguel parece ter esquecido que este montante, além de ser imprescindível para a sobrevivência das famílias em vulnerabilidade social de Petrolina, movimenta a economia local.

Da Redação