Em nota enviada ao PNB, o Hospital Regional de Juazeiro, Norte da Bahia se manifestou em relação a denúncia da trabalhadora rural Carmem Lúcia da Paz Barbosa, que acusou a instituição hospitalar de ter alterado o atestado de óbito de seu marido, Belarmino Fernandes da Silva, de 49 anos. O paciente, após apresentar sintomas de insuficiência respiratória, foi a óbito no dia 8 de março.
A instituição diz que diante da suspeita de covid 19 foi então coletado material do paciente, e “enviado ao LACEN o exame RT-PCR (altamente específico), cujo resultado, liberado após o óbito, foi inconclusivo”.
Confira nota na íntegra
O Hospital Regional de Juazeiro (HRJ) esclarece que foram adotadas, dentro de rígidos protocolos institucionais, todas as condutas relativas à suspeição de COVID-19 no paciente Belarmino Fernandes da Silva.
Na noite do último dia 6 de março, o paciente, que já se encontrava em hospitalização prolongada, passou a apresentar um quadro de instabilidade hemodinâmica grave, tendo sido então encaminhado à UTI Adulto do HRJ, onde passou por nova tomografia computadorizada de tórax.
O exame evidenciou uma piora das alterações radiológicas, culminando na necessidade de isolamento em UTI COVID e na investigação para infecção pelo novo Coronavírus.
Diante da suspeita, foi então coletado e enviado ao LACEN o exame RT-PCR (altamente específico), cujo resultado, liberado após o óbito, foi inconclusivo.
O Hospital Regional de Juazeiro ressalta que todos os procedimentos, laudos e documentos pertinentes estão disponíveis em prontuário na unidade; e que o complexo hospitalar segue o cumprimento da Nota Técnica GVIMS/GGTES/Anvisa nº 04/2020 e a orientação do manual do Ministério da Saúde quanto ao manejo de corpos no contexto da COVID-19.
O HRJ reitera seu compromisso com a responsabilidade, a ética e a humanização, ao mesmo tempo em que se solidariza com a família do senhor Belarmino Fernandes da Silva.
Entenda o caso
No último dia primeiro, o PNB publicou uma denúncia da trabalhadora rural Carmem Lúcia da Paz Barbosa, que acusa o Hospital Regional de Juazeiro, Norte da Bahia, de ter alterado o atestado de óbito de seu marido, Belarmino Fernandes da Silva, de 49 anos, após o paciente apresentar sintomas de insuficiência respiratória.
De acordo com Carmem Lúcia, seu marido, que sofria de tuberculose, deu entrada na instituição hospitalar no dia 19 de janeiro, com insuficiência pulmonar. Ele foi submetido ao teste da covid 19 e, de acordo com Carmem, o resultado deu negativo para a infecção.
“Após apresentar um cansaço, no dia 4 de março, a equipe do Regional realizou um exame de Covid-19, mas o resultado deu negativo. Eu estava o tempo todo com ele, como acompanhante. No dia 7, ele estava com muita falta de ar e precisaram leva-lo para um leito de UTI. No dia seguinte, pela manhã, eu e meus filhos fomos informados do óbito. O médico informou que a causa tinha sido insuficiência pulmonar. A assistente social chegou a perguntar ao médico se havia sido Covid, mas ele afirmou que não. Por volta das 9h45 recebemos um laudo e fomos informar aos outros familiares e resolver as questões do velório. Por volta das 11h30, quando voltamos ao Hospital para pegar o corpo de meu marido, fomos recebidos pelo mesmo médico e pela assistência social, que informaram que a causa da morte havia sido Covid. Ele pegaram o laudo e alteraram a informação. Além disso, eles rasgaram o laudo original, eu fiquei apenas com a xerox”, contou Carmem.
A esposa da vítima relatou ainda que, mesmo acompanhando o marido, ela não contraiu a Covid-19.
A família do trabalhador rural solicitou ao hospital, o prontuário completo do paciente, mas até o momento a direção da instituição não atendeu ao pedido.
“ Estão dificultando o meu acesso ao resultado do exame. Quero o prontuário completo”, reivindicou a mulher, que também informou que já levou o caso ao Ministério Público.
“Eu peço as autoridades que investiguem essa situação, pois outros casos como este podem está acontecendo no hospital”, pediu Carmem.
Ao PNB o Ministério Público, em Juazeiro, informou que o órgão “recebeu a representação e já solicitou abertura de inquérito policial para apurar os fatos”.
Da Redação
Que precauções são essas? Que exame foi esse? Inconclusivo gente ? Não souberam da outra desculpa, isso não tem outra resposta a não ser o desrespeito e a falta de empatia, essa família não teve a oportunidade de pela última vez seu ente, Que por falta de respeito foi dado como vítima de COVID sendo que nem tiveram o exame real! Falta de respeito mesmo, UMA VERGONHA!