“Muitos pais transferiram os filhos para Petrolina”, pais e responsáveis por alunos cobram da Prefeitura de Juazeiro o retorno às aulas no modelo semipresencial

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Há um ano e meio sem aulas presenciais, alguns pais e responsáveis por alunos da rede pública e privada de Juazeiro, no Norte da Bahia, apontam que as crianças e adolescentes estão sendo prejudicados pelas dificuldades do ensino a distância.

Diante da situação, eles cobram da gestão municipal o retorno das atividades de forma semipresencial. O modelo, onde a ocupação máxima de alunos em sala de aula é de 50%, foi autorizado pelo Governo do Estado nas unidades de ensino públicas e particulares, nas regiões de saúde que mantenham a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 abaixo de 75%, por cinco dias consecutivos.

“O município já atende ao último Decreto do Governador, desde o dia 08 a taxa dos leitos de UTI está abaixo de 75%. Mas até então não vimos posicionamento formal da prefeitura sobre o tema. Por isso solicitamos que a gestão emita um Decreto Municipal de retorno às aulas em modelo semipresencial, para que as família que se sintam seguras possam enviar seus filhos para a escola. E também para aqueles que querem permanecer no remoto, também tenham esse direito. O direito à educação está na Constituição Federal. Estamos lutando pela Educação das crianças e adolescentes, pois eles estão expostos à criminalidade, trabalho infantil, abusos de todas as formas, todos os dias justamente por estarem fora das escolas”, declarou a mãe de um aluno de uma escola privada.

Ainda de acordo com ela, que preferiu não ser identificada, as unidades de ensino particulares estão organizadas com protocolos sanitários já para o retorno às aulas.

“Está tudo pronto, só falta a autorização da gestão. Varias escolas já fecharam porque muitos pais transferiram os filhos para Petrolina, porque lá as escolas já estão em funcionamento desde o início do ano. Os prejuízos são incalculáveis para todos. Muitas crianças e adolescentes estão sofrendo psicologicamente por estarem afastadas da escola e do convívio social e educacional. Precisamos que a Prefeitura de Juazeiro emita esse Decreto de retorno às aulas o quanto antes. Já falam em festas na Bahia e quanto à Educação temos que ficar “gritando” para ter os Direitos dos nossos filhos garantidos”, acrescentou.

Nas redes sociais, um movimento intitulado #voltaasaulasjuazeiro também cobra o retorno das aulas no modelo semipresencial. De acordo com a organização, o grupo formado por mães, pais e responsáveis de alunos, é independente, totalmente apartidário.

“O nosso único objetivo é o retorno às aulas em Juazeiro, como já vem acontecendo em outros municípios da Bahia”, reforçou uma das organizadoras do movimento.

O PNB encaminhou as solicitações para a Secretaria de Juventude e Educação de Juazeiro. O órgão informou que ainda não há previsão para o retorno das aulas presenciais.

“Os alinhamentos burocráticos estão em andamento, e em breve mais informações serão divulgadas”, declarou a SEDUC.

 

 

Da Redação

 

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