COP-26: “Muito mais do que meio ambiente, trata-se de paz”, diz chefe da Convenção do Clima

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Neste domingo (31), a secretária executiva da Convenção do Clima, Patrícia Espinosa, em seu discurso de abertura da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas , a COP-26 afirmou que  mais do que tratar sobre meio ambiente, os debates do evento dizem respeito à paz.

“Ou optamos por reconhecer que o ‘business as usual ‘ não vale o preço devastador que estamos pagando e fazemos a transição necessária para um futuro mais sustentável, ou aceitamos que estamos investindo em nossa própria extinção. Trata-se de muito mais do que de meio ambiente, trata-se de paz”, disse.

O evento está acontecendo no Campus de Eventos da Escócia, e segue até o próximo dia 12 de novembro (sexta-feira).

As COPs começam com a mudança de presidência e adoção de procedimentos. Os discursos miraram a confiança no processo e o fortalecimento do multilateralismo. São esperados para a próxima segunda-feira (1), abertura formal da conferência, a presença de pelos menos 120 chefes de Estado e de governo

“Pensem nos últimos dois anos, quando nos encontramos em Madri (na COP-25). A confusão inicial e o que isso poderia ter significado para o nosso processo. Pensem em todos que perdemos com a Covid-19”, lembrou Patricia Espinosa.

Emocionada, Espinosa ressaltou que a COP-26 deve entregar resultados para as próximas gerações.

Para a política mexicana, que assumiu a Secretaria Executiva da Convenção do Clima logo após Paris, em 2015, o sucesso na COP é totalmente possível. “Temos tudo o que precisamos para agir e cumprir nossos objetivos climáticos. Cada dia que perdemos em implementar o Acordo de Paris é um dia perdido”, disse ela.

A secretária executiva lembrou que várias agências das Nações Unidas soltaram relatórios nos últimos dias mostrando que as emissões globais de gases-estufa continuam crescendo.

Ela mencionou o compromisso dos países desenvolvidos de mobilizarem US$ 100 bilhões por ano para o mundo em desenvolvimento, a partir de 2020, em recursos para o clima, o que não ocorreu. Um plano divulgado há alguns dias diz que a meta deverá ser cumprida em 2023 e ir aumentando gradativamente.

“O plano deve ser visto como um começo, não o fim. Sem o apoio necessário não será possível embarcamos nas transformações necessárias para manter vivo o 1,5º C. Não é sobre US$100 bilhões. Temos que mobilizar trilhões. Apelo a todos os países que resgatem o espírito do multilateralismo”, pediu.

Da Redação, com informações O Globo

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