Fabiano Barbosa Almeida, de 36 anos, está internado na Unidade de Pronto Atendimento de Juazeiro, no Norte da Bahia, desde o último dia 22. Com um tumor cerebral e suspeita de morte encefálica, o paciente precisa passar por exames, que não são realizados na UPA, para confirmar o quadro.
Com a angústia da espera pelo resultado, familiares de Fabiano entraram em contato com o Portal Preto no Branco, para clamar à gestão municipal que viabilize a regulação do paciente para uma unidade que possa fazer o exame.
“Os médicos da UPA deram a notícia para família que houve morte encefálica, mas não há ainda o parecer, porque precisa que sejam feitos exames com um neurocirurgião. Meu irmão tem um tumor, mas como ainda não temos o resultado do exame que confirme ou não a morte encefálica. Só sabemos o que a equipe da UPA informou. Por isso, pedimos que a regulação seja feita o mais rápido possível. O certo é o paciente permanecer na UPA apenas por 24 horas, mas meu irmão já está entrando na terceira semana e não tomaram nenhum providência para a regulação dele. Isto é falta de humanidade, muito triste. Isto não pode existir, não ter um diagnóstico. Estamos sofrendo muito, e já há 3 semanas sem saber se ele está morto, vivo, se vai voltar “, declarou a irmã do paciente.
Ainda de acordo com ela, a incerteza sobre o quadro de Fabiano, tem causado sofrimento aos familiares, que buscam por respostas.
“Dizem que ele está morto, mas ainda estamos recebendo os boletins médicos e estamos realizando as vistas. É muito triste. A família toda está sofrendo com esse descaso. Precisamos de respostas. Se meu irmão realmente teve morte cerebral, liberem o corpo dele para a gente ter o direito de velar”, pediu a irmã do paciente.
Em um vídeo, a mãe do paciente diz que não aguenta mais a angústia que está vivendo, e apela para a gestora do município.
“Oh dona Suzana (Ramos), pelo amor de Deus. Aqui é a mãe de Fabiano Barbosa Almeida. Ele está na UPA. Ele já teve morte cerebral. Pelo amor de Deus, dê um jeito de liberar o corpo do meu filho para fazermos o sepultamento dele, que eu não aguento mais essa angústia, minha irmãzinha do céu. Tenham misericórdia de nós. Nós somos pessoas pobres, mas honestos”, suplicou a mãe.
O PNB entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Juazeiro em busca de informações sobre o caso. De acordo com a Sesau, “existe a hipótese diagnóstica de morte encefálica. Porém, é necessária a realização de exames neurológicos próprios para subsidiar o laudo. Devido a isso, o paciente segue internado aos cuidados da equipe da unidade, com todo o suporte assistencial e medicamentoso que compete, aguardando liberação de vaga para UTI neurológica, através da Central de Regulação Interestadual de Leitos (CRIL)”.
O PNB está encaminhando o caso também para a CRIL.
Redação PNB
