José Mauro Coelho pede demissão e deixa a presidência e o Conselho de Administração da Petrobras

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A Petrobras informou, nesta segunda-feira (20) que José Mauro Coelho pediu demissão da presidência e, também, do Conselho de Adninistração da companhia. O anúncio foi feito quase um mês após o executivo começar a ser pressionado pelo governo diante reajuste no preço de combustíveis.

“A nomeação de um presidente interino será examinada pelo Conselho de Administração da Petrobras a partir de agora”, disse a companhia em comunicado publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Terceiro executivo a comandar a estatal no governo Jair Bolsonaro, José Mauro Coelho ficou no cargo pouco mais de dois meses – foi o segundo menor período de gestão da empresa desde o fim da ditadura militar.

A saída dele era aguardada desde o dia 23 de maio, quando o Ministério de Minas e Energia anunciou que seria realizada a terceira troca no comando da empresa. Na ocasião, a pasta alegou que “diversos fatores geopolíticos conhecidos por todos resultam em impactos não apenas sobre o preço da gasolina e do diesel, mas sobre todos os componentes energéticos”.

Os dois executivos que antecederam José Mauro na presidência da Petrobras – Roberto Castello Branco e o general Joaquim Silva e Luna – também deixaram o comando da estatal diante pressão do próprio governo por conta da alta de preços dos combustíveis.

A política de preços da Petrobras segue a mesma adotada em 2016 pelo governo Michel Temer. Ela é submetiuda ao critério de paridade internacional, o que significa que os preços dos combustíveis levam em consideração a cotação do barril de petróleo no mercado internacional e, também, as oscilações do dólar.

O presidente Jair Bolsonaro, no entanto, cobrou dos três executivos nomeados por ele para o comando da Petrobrasque os preços dos combustíveis fossem contidos. Ele chegou a chamar de “estupro” o lucro da estatal e pressionou a empresa a não aplicar reajustes.

 

 

G1

 

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