“Não estão ligados a gente”, comenta presidente estadual do PDT sobre vereadores cassados em Uauá

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O presidente estadual do Partido Democrático Trabalhista (PDT), o deputado federal Félix Mendonça Júnior, disse que o diretório não vai sair em defesa dos vereadores de Uauá, que tiveram os mandatos cassados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta terça-feira (21).

“Lá em Uauá os vereadores são do PDT, mas não estão ligados a gente. São de Roberto Carlos”, disse o parlamentar, se referindo ao ex-correligionário e deputado estadual que migrou para o Partido Verde (PV).

Mendonça afirmou que os membros sequer procuraram apoio no caso: “Eles nem nos solicitaram nenhuma posição”. “Tem muita gente que é pedetista mesmo e a gente vai brigar, custe o que custar. Mas têm alguns que estão usando a sigla”, concluiu Félix.

Reunido no plenário, nesta terça, a Corte eleitoral decidiu que quatro parlamentares do Legislativo municipal da cidade terão seus votos na eleição de 2020 anulados.

A decisão unânime dos ministros reformou outra, do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), e reconheceu que houve fraude na cota de gênero.

Os diplomas dos membros do PDT foram cassados, assim como os quocientes eleitoral e partidário foram recalculados. O TSE determinou o o imediato cumprimento da decisão independentemente da publicação.

No pleito, o partido concorreu com 15 candidaturas, elegendo Mário Oliveira, Bruno Lima, Rodrigo de Zé Mário (presidente da Casa) e Leila de Jorge Lobo.

Uma das candidatas, Carla Daiane da Silva Capistrano foi “laranja”, segundo o Tribunal Eleitoral.

A “inexpressiva votação, ausência de movimentação financeira e a quase inexistente campanha eleitoral própria, uma vez que a candidata fez campanha explícita para outro candidato”, foram alguns dos indícios, apontaram os ministros.

A decisão do colegiado considerou o pedido de impugnação ajuizado pelo diretório municipal do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), junto com a coligação Uauá Seguindo em Frente.

A petição inicial, a qual o Bahia Notícias teve acesso, dão conta que o PDT não atingiu o quantitativo mínimo de nomes femininos necessário, já que a postulanete Carla Daiane da Silva tinha uma candidatura “fictícia e fraudulenta”.

“De fato, desconsiderando a referida candidatura feminina fictícia, tem-se que 71,4% das candidaturas ao cargo de vereador pelo PDT em Uauá foram de postulantes do gênero masculino, enquanto apenas 28,5% das candidaturas àquele cargo eletivo pelo PDT em Uauá foram de candidatas do gênero feminino”, sustentou o pedido.

Bahia Notícias

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