A população em situação de rua no Brasil cresceu em ritmo avassalador com a crise econômica e social do país, nos últimos dois anos. O cenário é o mesmo nas cidades brasileiras, com centenas de barracas montadas, famílias inteiras nas calçadas, viadutos, praças e outros equipamentos públicos.
São mulheres, homens, crianças e idosos vivendo nas ruas, entregues a própria sorte, enfrentando o sol quente dos dias, o frio das noites de inverno, a fome, o abandono e a violência urbana.
Em Juazeiro, Norte da Bahia, o quadro é o mesmo. Pelas ruas do centro da cidade, e bairros, elas vão se acomodando como podem, invisíveis aos olhos dos poderes públicos. Com todos os direitos universais violados, esses cidadãos e cidadãs, ocupam os espaços públicos de Juazeiro em número cada vez mais crescente.
Em contato com o o Portal Preto no Branco, uma servidora municipal da saúde, que pediu para não ser identificada, chamou a atenção para esta triste realidade, e denunciou que os equipamentos públicos estão sendo utilizados como dormitórios por esta população, o que significa que não é admissível que o poder público municipal ignore a situação que atenta contra a dignidade humana.
“Será que a gestão municipal já percebeu a quantidade de pessoas em situação de rua que cercam as farmácias, e outras unidades da Secretaria de Saúde de Juazeiro? Tem uma família que fica próximo ao SAMU que até fez uma cozinha improvisada, sem nenhuma condição de higiene. Fora da unidade, essas pessoas estão com a saúde em risco e dentro da unidade servidores e usuários convivem com o mal cheiro insuportável. A farmácia popular central também virou um dormitório. Quem está em situação de rua, é porque necessita. Estas pessoas devem ser assistidas. A gestão municipal deve acolher essas famílias”, declarou.
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Ainda de acordo com ela, a situação tem gerado conflitos entre os funcionários das unidades e algumas pessoas que ocupam as proximidades destes espaços.
“Tanto a população, como a gestão municipal fecham os olhos para essa situação. Vejam o lado dos servidores que são agredidos verbalmente todos os dias, pois existem alguns mais agressivos, que abordam os servidores e os usuários. Vejam o lado destas pessoas em situação de rua, elas têm direitos e precisam de um amparo social. Cadê a Assistência Social de Juazeiro? Deveria era fazer uma campanha nas ruas para atender estas pessoas. A gestão precisa adotar ações para resolver essa situação”.
O PNB encaminhou a reclamação para a Sedes. Em nota, o órgão falou sobre as ações que vem realizando no município.
Veja na íntegra
A Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Desenvolvimento Social, Mulher e Diversidade (Sedes), esclarece que o município conta com o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua, serviço criado para cuidar e oferecer mais dignidade para as pessoas em situação de rua. O município não pode obrigar esses usuários a saírem das ruas, visto que o direito de ir e vir está garantido na Constituição Federal, mas pode contribuir para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas, com a oferta de alimentação, banho, um espaço para higienização de suas roupas e pertences, encaminhamento para consultas, exames e outros serviços de cidadania. Quando esses usuários consentem com a sua saída das ruas, eles são encaminhados para o serviço de acolhimento, onde além dos cuidados com alimentação, higiene e saúde, também dispõem de alojamento.
A gestão municipal conta ainda com o serviço de busca ativa, com profissionais que saem às ruas para identificar pessoas em situação de rua ou outras condições de vulnerabilidade social. Durante as ações, as pessoas passam por uma escuta qualificada e são informadas sobre o serviço de acolhimento da prefeitura. O local oferece atendimento médico, alimentação e atividades socioeducativas para os usuários, além de buscar contato com suas famílias. (Ascom/PMJ)
Redação PNB
Como essa PREFEITA de Juazeiro, (SUZANA RAMOS) que diz ter formação de Assistente Social, não quer enxergar isso? Além de tantos outros descasos Sociais e Administrativos que vivenciamos