Mesmo após o Ministério da Saúde ter recomendado na última sexta-feira (15) a aplicação da vacina CoronaVac, contra covid-19, para crianças de 3 a 5 anos, o município de Juazeiro, no Norte da Bahia, ainda não iniciou a imunização deste público.
De acordo com o MS, os estoques já existentes nos estados e municípios devem ser utilizados também nesse novo público e que “segue em tratativas para aquisição de novas doses”.
Ao PNB, a Secretaria de Saúde de Juazeiro informou que aguarda o envio das doses destinadas para crianças de 3 a 5 anos, por parte do Núcleo Regional de Saúde-Norte.
Nós também entramos contato com o NRS-Norte. Em resposta, o médico e coordenador do órgão, Pedro Alcântara, informou que a Secretaria de Saúde do Estado também orientou que os municípios utilizem as doses em estoque. “Os municípios que não têm doses disponíveis devem comunicar e solicitar as doses necessárias para imunizar o público”, acrescentou Pedro Alcântara.
Após a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a recomendação do MS, alguns municípios já iniciaram a vacinação de crianças de 3 a 5 anos.
Em Salvador, capital baiana, a partir desta segunda-feira (18), a imunização está acontecendo nos 37 postos de saúde espalhados por todas as regiões da cidade.
Vacinação de crianças de 3 a 5 anos
A decisão do Ministério da Saúde veio após ouvida a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI), e a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na mesma direção. Em reunião da diretoria da Anvisa, em Brasília, na última quarta-feira (13), a agência seguiu recomendação das áreas técnicas e autorizou a imunização com duas doses da vacina, com intervalo de 28 dias entre elas. A aprovação vale somente para crianças que não têm problemas com a imunidade.
A decisão da agência, na qual o Ministério da Saúde se baseou, foi fundamentada em diversos estudos nacionais e internacionais sobre a eficácia da vacina em crianças. As pesquisas foram realizadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo Instituto Butantan, além de entidades internacionais. Também foram levados em conta pareceres de sociedades médicas e das áreas de farmacovigilância e de avaliação de produtos biológicos da Anvisa.
Um dos estudos clínicos, feito no Chile, mostrou efetividade de 55% da CoronaVac contra a hospitalização de crianças que testam positivo para a covid-19. Além disso, as crianças que participaram dos estudos clínicos apresentaram maior número de anticorpos e menos reações à vacina em relação aos adultos. No Brasil, dados mostraram que reações graves após a vacinação foram consideradas raras e raríssimas. (Agência Brasil)
Redação PNB