Caso Deliane: advogado da família fala ao PNB sobre as investigações dos supostos erro médico e omissão por parte da Prefeitura de Juazeiro

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O PNB segue acompanhando o caso de Deliane Feitosa da Silva, de 31 anos, que teve os órgãos perfurados durante um procedimento médico de curetagem, realizado no último dia 11 de junho, no Hospital Materno Infantil de Juazeiro, no Norte da Bahia.

De acordo com familiares, a paciente continua internada no Hospital Regional de Juazeiro, para onde foi transferida no dia 13 de junho, após agravamento do seu quadro de saúde. Deliane apresentou melhoras, mas segue em estado grave, segundo as informações.

Nesta quinta-feira (25), o advogado da paciente, Dr. Sátiro, em entrevista ao programa Preto No Branco na Transrio FM, falou sobre as investigações do caso, que foi denunciado à Delegacia da Mulher e ao Ministério Público da Bahia.

“Logo após o ocorrido, a família fez um Boletim de Ocorrência e a Delegacia da Mulher abriu um Inquérito Policial. Logo depois, os familiares também entraram com duas denuncias no MPBA. O caso ainda está em fase de investigação. Hoje a gente não tem nenhum indiciamento, mas há uma investigação sobre um possível erro médico e lesão corporal”, explicou.

O advogado também declarou que além da médica responsável pela curetagem, o município de Juazeiro também está sendo investigado por suposta omissão.

“Atualmente os investigados são a médica e o município de Juazeiro, que foi incluído posteriormente, após informações que foram surgindo. Acessaram os laudos médicos e descobriram que tanto a médica que realizou o procedimento, como outros médicos, solicitaram um exame que não foi realizado. O laudo demostra que a curetagem durou 10 minutos. A equipe médica percebeu que houve uma intercorrência e neste momento ela interrompeu e solicitou que fosse feita uma ultrassonografia transvaginal para saber o que seria necessário fazer para solucionar o problema. Esse exame também foi solicitado por outros médicos e simplesmente Deliane foi transferida 48 horas depois para o Hospital Dom Malan, em Petrolina, sem fazer esse exame. O agravamento no quadro de saúde dela está relacionado a não realização do exame e também a demora de corrigir a intercorrência, para a transferência dela. Então houve uma omissão do município. O caso está sendo investigado e os culpados serão punidos de acordo com a lei”, acrescentou.

O advogado afirmou ainda que também está sendo investigando se houve, por parte da prefeitura, uma assistência social à família de Deliane, de forma legal. Ao PNB, amigas de Deliane informaram que a secretaria de Fernando Costa, Secretário de Saúde do município, foi até a casa da família da paciente, se identificando como assistente social para oferecer um benefício.

No último dia 29 de julho,  a gestão municipal de Juazeiro informou que decidiu afastar a profissional acusada do suposto erro médico. A prefeitura declarou ainda que foi aberta uma sindicância para apurar os fatos que envolvem o atendimento da gestante, mas até o momento o resultado não foi divulgado.

Redação PNB

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