Condenado a mais de 14 anos de prisão, Nilson Caxias, acusado de matar a professora Mery Vânia de Almeida, em Petrolina; júri terminou agora a pouco

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Terminou agora a pouco no Fórum Estadual Doutor Manoel Souza Filho, o julgamento de Nilson Caxias de Souza, acusado de assassinar a facadas a professora Mery Vânia de Almeida, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, no ano de 1998.

O réu foi condenado a 14 anos e meio, em regime fechado.

O julgamento estava marcado para acontecer no dia 29 de novembro passado, mas o advogado de defesa alegou que apresentava sintomas gripais e desconforto, arguindo suspeita de contaminação pelo COVID-19, e, por isso, requereu a mudança de data, segundo informações da família. Foi o segundo adiamento da sessão de julgamento, de acordo com a filha da vítima, Jéssica Peixinho.

O crime

A professora Mery Vânia de Almeida foi assassinada no dia 18 de abril de 1998. Na época, a vítima trabalhava no segundo ano infantil do colégio Dom Bosco. Nilson é réu confesso e matou a ex-namorada com três golpes de faca, por não aceitar o fim do relacionamento.

Jéssica Peixinho, que na época tinha apenas 7 anos, presenciou o crime.

“Eu, enquanto filha da vítima, desejo justiça. Esse homem matou a minha mãe na minha frente, gerou em mim um trauma que nem sei dimensionar. Todo momento feliz que vivo, penso como seria se minha mãe estivesse ali. Nunca saberei como seria nossa vida juntas, foi isso que ele me tirou, toda uma vida. Hoje o que eu e minha família queremos é justiça”, declarou ao PNB.

Apesar do crime ter acontecido há mais de 24 anos, o acusado só foi preso o ano passado. Segundo, Jéssica, o crime só não foi prescrito porque em 2014 o juiz suspendeu a prescrição até a prisão do suspeito.

“Era uma mãe amorosa, professora dedicada, querida por todos os que a conheciam. Fazia caridade e ajudava a quem podia. Foi um crime que chocou a comunidade de Petrolina e da região, pela frieza, motivos torpes e que também revolta a todos até hoje pela impunidade. O acusado ficou mais de 20 anos foragido da Justiça, e levava uma vida normal, na cidade de Simões Filhos, na Bahia. Ele não precisou nem forjar identidade, até mesmo carteira de habilitação conseguiu acesso. Construiu família, abriu empresa e transitou tranquilamente há mais de duas décadas sem nunca ser importunado pela barbárie que cometeu. O assassino levou uma vida normal com a família dele enquanto deixou a minha família aqui destruída. Nenhuma pena definida na próxima terça-feira trará minha mãe de volta, mas a condenação trará justiça por ela. Ela merece justiça, merece que ele seja condenado, nossa família precisa fechar esse ciclo”, acrescentou Jéssica Peixinho.

Redação PNB

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