Alegando superlotação, Maternidade Municipal de Juazeiro solicita à CRIL suspensão de regulações de pacientes

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A Maternidade Municipal de Juazeiro solicitou à Central Interestadual de Leitos (CRIL) a suspensão de regulações de pacientes para a unidade.

Segundo a Secretaria de Saúde, “a medida foi tomada em decorrência da superlotação da unidade que chegou a 200% de ocupação de leitos nesta sexta-feira (17)”.De acordo com a diretora da Maternidade Municipal, Erica Góes, desde o 08 de março, a gestão vem solicitando a suspensão de regulações para a unidade.

“A Maternidade ultrapassou seu limite de internamentos. A superlotação vem sendo constantemente informada à CRIL, contudo pacientes continuam sendo transferidas para a unidade. Hoje, temos 120 pacientes internadas”, afirmou.O secretário de Saúde de Juazeiro, Allan Jones, ressaltou que a superlotação prejudica o atendimento e aumenta os riscos referentes à segurança do paciente.

“Temos instalada uma capacidade física e de pessoal para 50 leitos, mas estamos enfrentando, constantemente, a superlotação na unidade. Isso sobrecarrega nossos profissionais e impactam no serviço. Estamos em constante contato com a CRIL, com o Governo da Bahia e também com o Ministério Público em busca de soluções. Entretanto, continuamos sendo impactados pelas deficiências da Rede PEBA”, disse.

Paciente voltou para casa sem atendimento

Nesta sexta-feira (17), familiares de Janaina Bezerra Soares, 34 anos, grávida de 9 meses, relataram que após uma espera de 3 dias para realizar uma cesariana na instituição, a paciente voltou pra casa sem atendimento.

De acordo com Vaniclesia Ferreira, cunhada de Janaina, ela foi encaminhada para a maternidade na ultima terça-feira, para realizar a cirurgia. Chegando lá informaram que por ela não ser prioridade e pelo fato do bebê estar bem iriam aguardar para fazer o parto. A família suplica que a gestante seja submetida a uma cesárea, já que afirmam que ela é hipertensa e temem que a criança venha a óbito.

“A minha cunhada foi para o hospital para fazer o parto na terça, eles começaram a colocar outros partos na frente da cirurgia dela. Quando ela perguntou, disseram que iam esperar porque ela não era prioridade, que só iam fazer o parto quando o bebê estivesse em risco. Ontem, ela já estava sem aguentar mais esperar, e veio pra casa sem assinar nada. Vai ficar fazendo o que lá? Ficar esperando sentada em uma cadeira? Porque os leitos estão todos cheios,” contou a familiar.

A Secretaria Municipal de Saúde alegou que a paciente passou por avaliação médica e exames, que constaram que ela não apresentava sintomas de Hipertensão Arterial Sistemática Crônica e foi classificada como procedimento de baixo risco sem indicação de regulação.

“Em decorrência da superlotação da unidade que, chegou a um percentual de quase 200% de lotação, foi necessário remarcar a cesariana da paciente, os atendimentos de urgência foram priorizados”

Redação PNB, com informações Ascom/Sesau

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