“Inimiga da cultura”: Secretaria de Educação de Petrolina barra projeto “Teatro Escola” nas instituições do município; entenda o caso

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Zuza Belfort, produtor Cultural do Projeto “Teatro Escola”, da Companhia Primeiro Ato, fundada desde 1990, em contato com nossa redação, protestou contra o parecer negativo da Procuradoria de Petrolina, que impediu apresentações teatrais nas escolas municipais.

“O Teatro Escola é o maior projeto de popularização do teatro, formação de plateia e dinamização de espaços públicos da região do Vale do São Francisco. Ao longo de mais de 30 anos, mais de três décadas tendo à frente o diretor Devilles, faz este trabalho de utilidade pública em parceria com as escolas públicas e privadas de Juazeiro e Petrolina. Todos os anos ininterruptamente, com exceção do período da pandemia , que a gente leva espetáculos infantis e infanto-juvenis para atender milhares de crianças e contribuir para o desenvolvimento cognitivo, social e cultural dessas crianças e estudantes”, explicou Zuza.

Apesar de sua história e valiosa contribuição na formação dos estudantes, através da arte,  o projeto foi barrado em Petrolina, como conta o produtor. Após ofertar a proposta de apresentação de espetáculos teatrais nas escolas do município pernambucano, Zuza Belfort foi informado que precisaria de uma autorização da Secretaria de Educação. O produtor fez o pedido formalmente, mas 12 dias depois recebeu um parecer negativo.

“Desde o dia 20 de fevereiro que eu,  como produtor executivo da Companhia Primeiro Ato, tenho procurado a Secretaria de Educação de Petrolina na busca de uma autorização para convidar os alunos a participarem do projeto em Petrolina, no Teatro Dona Amélia e no Centro Cultural Dom Bosco. Fui nas escolas e disseram que precisava de uma autorização da da secretaria. Fui em busca dessa autorização. Chegando lá, no dia 10 de março, Allan, que é o Diretor Executivo de ensino, enviou um memorando para o Procurador da Educação, o Dr. Anderson. 12 dias depois veio a resposta, dizendo que o parecer foi negativo”, relatou o produtor.

Zuza Belfort considera que o parecer do procurador não tem o menor embasamento pedagógico e desconhece a importância da arte no processo ensino aprendizagem.

“O argumento foi o de que para as crianças participarem do evento precisariam da autorização dos pais, o que já é uma rotina nossa, porque todas as escolas enviam o pedido de autorização aos pais e só vão para o teatro aquelas crianças que realmente têm autorização dos pais para ir. Ele fala no parecer que a escola não pode interromper as suas as suas aulas, porque a ida ao teatro não é uma atividade pedagógica e desconsidera a parceria entre arte e educação. Desconsidera o teatro na construção de um cotidiano melhor para as crianças. Desconsidera os princípios da arte educação que o nosso projeto tem. O Teatro Escola tem um caráter pedagógico, do ponto de vista em que a arte e a pedagogia sempre caminharam juntas e são aliadas na construção de um mundo melhor para essas crianças. Ele fala que os alunos não podem sair na hora da aula porque não é atividade pedagógica. E isso é encarado de forma diferente, tanto para nós, quanto para os professores dessas escolas, diretoras e coordenadores, que entendem como uma atividade extra classe. Como disse Paulo Freire, a educação não se faz apenas dentro dos muros da escola. E mais do que isso, a gente sabe que essas crianças, principalmente as de periferia, precisam ter acesso aos bens culturais, materiais e imateriais que a cidade proporciona. O Procurador fala também sobre a tarifa que a gente cobra, que é uma tarifa simbólica, uma tarifa de manutenção que só garante o valor do transporte das crianças e adolescentes até os equipamentos onde são realizadas as apresentações. É uma tarifa que varia de 10 a 15 reais, que só tem sido de 10 R$ durante esse tempo todo. O parecer me foi apresentado pela professora Sônia, que trabalha na Secretaria de Educação de Petrolina. Ela disse que eu não poderia ter acesso, nem por foto e nem uma cópia desse parecer, porque era uma comunicação interna entre secretaria e procuradoria. A gente tem pensado em uma forma de reverter essa situação. Deram um parecer sem conhecer um trabalho a fundo, sem estudar a fundo do que se trata esse projeto. Sem nenhum embasamento, inclusive, do ponto de vista pedagógico”, protestou.

Os espetáculos são apresentados no Teatro Dona Amélia, do SESC e também no Centro Cultural Dom Bosco, como forma de fomentar o desenvolvimento cognitivo das crianças através da arte.

“Uma secretaria que tem uma atitude dessas é no mínimo inimiga da cultura!. Ou seria  bairrismo, xenofobia, por sermos de Juazeiro? Inexplicável isso! Depois de tão castigados pela pandemia, não era essa recepção que esperávamos, justamente de uma secretaria de Educação, Cultura e Esportes, como é a de Petrolina”

Estamos enviando um pedido de esclarecimento à Secretaria de Educação de Petrolina.

Redação PNB

2 COMENTÁRIOS

  1. Eu achei ótima a decisão pois esse teatro escola é uma visão tosca da arte para as crianças. Sem contar que eles só visam dinheiro para dar para os bofes, exploram os atores e não pagam para sobrar para os boyzinhos menores de idade que eles aliciam para o sexo tanto com o ditetor Demônio quanto esses (kkkkk) produtores executivos. Piada né??? Ator recebe cachê-pizza enquanto os guris recebem roupas e outros em troca de sexo. Não deixem seus filhos irem a esse circo de horrores! Esse povo devia ir preso pois adoram sexo com menores de idade. Pais investiguem que vão descobrir que aquelas bixas feias estão perdendo a inocência dos seus filhos. Não deixem trabalhar com eles nem deixem ir a essa piada que eles chamam de “teatro”. Palhaços!!

  2. Eu achei ótima a decisão pois esse teatro escola é uma visão tosca da arte para as crianças. Sem contar que eles só visam dinheiro para dar para os bofes, exploram os atores e não pagam para sobrar para os boyzinhos menores de idade que eles aliciam para o sexo tanto com o ditetor Demônio quanto esses (kkkkk) produtores executivos. Piada né??? Ator recebe cachê-pizza enquanto os guris recebem roupas e outros em troca de sexo. Não deixem seus filhos irem a esse circo de horrores! Esse povo devia ir preso pois adoram sexo com menores de idade. Pais investiguem que vão descobrir que aquelas feias estão perdendo a inocência dos seus filhos. Não deixem trabalhar com eles nem deixem ir a essa piada que eles chamam de “teatro”. Palhaços!!

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