O Hospital Regional de Juazeiro se manifestou sobre o caso de Valmir Crispiniano dos Santos, 55 anos, que está internado na UTI da instituição hospitalar aguardando o laudo que atesta morte cerebral. Familiares procuram o Portal Preto no Branco nesta segunda-feira (19) para relatar o sofrimento que estão enfrentando. De acordo com eles, mesmo após a constatação da morte encefálica do paciente, o corpo ainda não foi liberado por falta de um profissional neurologista na unidade
Em nota enviada a nossa redação, o Hospital Regional de Juazeiro informa “que o paciente aguarda a realização de um Eletroencefalograma, procedimento necessário em protocolos de Morte Encefálica (ME). Todo o processo de ME é acompanhado pela Central Estadual de Transplante (CET), órgão com o qual o HRJ está, conjuntamente, tratando a situação do paciente para finalização dos protocolos. Assim que conclusos, a família será devidamente informada. O HRJ se solidariza com os familiares e se coloca à disposição para esclarecimentos”
Entenda o caso
Familiares de Valmir Crispiniano dos Santos entraram em contato com o Portal Preto no Branco nesta segunda-feira (19) para relatar o sofrimento que estão enfrentando. De acordo com eles, mesmo após a constatação da morte encefálica do paciente, o corpo ainda não foi liberado por falta de um profissional neurologista no Hospital Regional de Juazeiro.
“Meu tio sofreu um AVC foi para o Hospital Regional e depois foi liberado. Há cerca de 15 dias o quadro dele se agravou e ele voltou para o Hospital Regional e foi internado na UTI, em coma. Há quase duas semanas os médicos confirmaram a morte encefálica dele, mas disseram que para liberar o corpo é preciso fazer um exame com um neurologista para confirmar a morte e depois desligar os aparelhos. Disseram que meu tio tem que ir para Salvador fazer esse exame, mas até agora nada. Passaram a semana inteira enrolando a família, falando que não tem profissional para realizar esse exame, que já procuraram um profissional de fora, e ontem disseram que o hospital não tem recursos”, relatou a sobrinha do paciente Maria Eunice dos Santos.
Ainda de acordo com ela, a situação está prolongando o sofrimento da família, que está impossibilitada de realizar uma despedida digna do familiar.
“Que hospital é esse que não tem um neurologista para realizar um exame e emitir um laudo? A gente está com muita angústia, pois perdemos um familiar muito querido e não temos sequer o direito de fazer um velório e o enterro dele. Nós moramos em Juazeiro, mas somos do município de Antônio Gonçalves. É uma falta de respeito e de amor. Estamos sofrendo demais com essa situação, pois não sabemos quando será resolvida”, acrescentou.
Encaminhamos a reclamação para o Hospital Regional de Juazeiro e aguardamos uma resposta.