Em contato com o Portal Preto no Branco, a ONG Projeto Salvar alertou para o crescimento do número de animais abandonados nas ruas do município Juazeiro, no Norte da Bahia. De acordo com a protetora Fernanda Costa, não há no município políticas públicas voltadas para o controle populacional dos cães e gatos.
“Aqui em Juazeiro a situação é calamitosa. Não existem políticas públicas para os animais, e repito mais uma vez, não temos um vereador que lute pela causa animal. Ano após ano a situação é essa: as ruas lotadas de animais parindo, sofrendo, vítimas da negligência humana e do poder público. O crescimento de animais nas ruas tem aumentado, porque a prefeitura não promove castração desses animais. O que vemos são promessas enganosas, por parte de políticos que nada fazem, a não ser se beneficiar com cargos que vocês dão a eles, e nós protetores se matando para tentar salvar vidas. Eu, com o apoio de amigos, tenho feito o que posso, mas não o suficiente”, declarou Fernanda Costa, responsável pela ONG.
Ela ressalta ainda que a falta do conjunto de estratégias desenvolvidas para prevenir a falta de controle e o abandono animal, causa sofrimento para os animais.
“Sem políticas públicas do município é impossível um controle populacional eficaz.
Sem um legítimo protetor de animais na câmara de vereadores, isso nunca mudará. Vamos enxugar gelo, e o preço alto quem paga são os animais que estão sofrendo com tudo que o abandono proporciona, como a dor, fome, frio, maus tratos, e miséria. Por exemplo, tem dois cães abandonados no bairro Jardim primavera, em Juazeiro, e está muito frio, mas eu não tenho como abrigar, porque estou com a ong lotada. Pedidos como esse chegam para mim diariamente. Imaginem ai quantos animais sofrendo nesse momento? Eu só sou uma, não tenho como ajudar a todos, e isso dói na alma”, acrescentou.
Estamos encaminhando a reclamação para a gestão municipal. Em resposta, a Secretaria de Saúde informou que somente é “de responsabilidade da Sesau o recolhimento dos animais de rua que apresentem sintomas de doenças que ofereçam riscos à saúde humana. Em caso de suspeita de leishmaniose, a população pode avisar a Vigilância Epidemiológica através do telefone: (74) 98827-9832”.
Redação PNB
