Trabalhador de Juazeiro sofre com os sintomas de uma doença de pele e apela por tratamento: “Estou com depressão”; SESAU se manifesta

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O morador de Juazeiro, no Norte da Bahia, Francimar Pereira, foi diagnosticado com acne grau 3, e está enfrentando dificuldades para fazer o tratamento da doença na rede pública de saúde. Ele contou ao PNB que precisaria ter passado por uma consulta com o dermatologista, porém, até o momento não conseguiu agendar o atendimento na Secretaria de Saúde.

O paciente com Acne nodulocística (inflamatória), grau 3, apresenta nódulos e cistos, lesões inflamadas que se expandem por camadas mais profundas da pele. Por conta da profundidade dessas lesões, elas podem provocar a destruição de tecidos e causar cicatrizes, além de serem muito dolorosas.

“Estou com uma acne nas costas que virou quelóide. No dia 16 de maio tive uma consulta com uma médica especialista no Hospital São Lucas, que tem convênio com a Prefeitura de Juazeiro. Ela me deu um encaminhamento para agendar o retorno para mostrar o resultados dos exames, após o uso da medicação que ela receitou. Esse retorno deveria ter sido feito em até 30 dias, mas já se passaram mais de 40 dias e até hoje não agendaram a minha consulta”, relatou.

Francimar declarou que a doença tem afetado também o seu psicológico e que a demora pelo atendimento pode complicar ainda mais a sua situação.

“Essa doença incomoda muito, fica coçando e queimando. Meu corpo fica tomado pelas acnes, a pele muito irritada, vermelha. Não tenho mais vida social por conta disso. Fico com vergonha de tirar a camisa para tomar um banho de rio ou piscina. Até da minha esposa eu tenho vergonha, pois a quelóide também tem um odor muito forte. Estou com depressão, pois esta doença me abala muito. Preciso me consultar novamente para concluir o tratamento”, acrescentou.

Francimar contou ainda que não está conseguindo ter acesso ao medicamento Roacutan receitado pela dermatologista nas Farmácias Populares de Juazeiro.

“Estamos tirando da boca dos nossos filhos para poder comprar o remédio, por conta da receita médica que é assinada por uma médica de Petrolina. Porém, fui atendido no Hospital São Lucas, encaminhado pela própria Secretaria de Saúde. Na farmácia popular, que é do governo, tem o remédio, mas só dizem que só fornecem com receitas assinadas por médicos de Juazeiro. Eu não sei mais o que fazer, pois é um tratamento longo e não tenho mais condições de comprar esse remédio, pois ele não é tão barato. Além disso, ainda preciso comprar protetor solar, protetor labial, colírio e soro fisiológico, e tudo isso é gasto”, finalizou.

Encaminhamos as reclamações para a Secretaria de Saúde de Juazeiro. Sobre o agendamento do retorno com a dermatologista, a Sesau informou que “a marcação de guias são realizadas via Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e o paciente não cumpriu o procedimento necessário. A marcação na Sesau é voltada exclusivamente para públicos prioritários: pacientes oncológicos, com fibromialgia, lúpus, paciente que estão em Tratamento Fora do Domicílio (TFD), pré-operatório, ressonância, tomografia e cateterismo”

Com relação ao medicamento requisitado pela dermatologista, a Sesau esclarece que “o mesmo não é fornecido pela rede municipal de saúde e sim pela rede estadual, via Núcleo Regional de Saúde – NRS (antiga Dires). A Sesau esclareceu que para realizar as marcações, os pacientes precisam apresentar um documento oficial com foto, o Cartão SUS e as requisições, preenchidas corretamente. Cada paciente poderá marcar apenas as suas requisições e as marcações de terceiros devem ser feitas apenas por familiar (1° grau) ou com procuração”.

Redação PNB

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