Nesta quarta-feira (12), uma gestante que está internada no Hospital Materno Infantil do município de Juazeiro, no Norte da Bahia, em contato com o Portal Preto no Branco relatou que, com 41 semanas de gestação, deu entrada na unidade na última segunda-feira (10), após orientação médica, e até hoje aguarda para que o parto seja realizado.
Ela disse que necessita de uma cesariana e a cirurgia ainda não foi realizada por falta de material no HMI.
De acordo com a mulher, a equipe do hospital informou que a unidade não tem o equipamento de esterilização e a desinfecção dos instrumentos cirúrgicos, a autoclave.
Após a reclamação da gestante, outra mulher, internada no HMI, nos procurou para dizer que está na mesma situação.
“Ela não é a única. Estou desde a segunda-feira, 10, internada aqui, com 41 semanas de gestação e eles só aplicando medicação para induzir o parto. Estão vendo que a dilatação não evolui e insistem em continuar estimulando o parto normal”, relatou a grávida.
O PNB procurou a Secretaria de Saúde que confirmou a falta do equipamento na unidade e garantiu que até a próxima segunda-feira( 17) uma autoclave será instalada.
A Sesau informou ainda que “por ora, a situação está sendo resolvida com a parceria de outras unidades, que compõem a rede de saúde do município”.
Confira nota na íntegra:
A Secretária de Saúde (Sesau) está solidária a angústia dessa paciente e informa que as cesarianas estão sendo realizadas de acordo com a urgência avaliada pelos profissionais de saúde. Sobre os materiais, instalaremos uma autoclave nova, moderna e com capacidade para suprir toda demanda de emergência do município de Juazeiro-BA até a próxima segunda-feira, 17/07/2023. Por ora, a situação está sendo resolvida com a parceria de outras unidades, que compõem a rede de saúde do município.
Outra reclamação
Na última segunda-feira (10), familiares de uma paciente que aguardava por uma reabordagem cirúrgica já haviam alertado para a falta da máquina de esterelização na unidade.
“Primeiro disseram que não tinha material na maternidade para realizar o procedimento. Depois disseram que a máquina está quebrada e precisa esterelizar o material em outro hospital. Já no domingo disseram que o anestesista não veio. Tanto minha irmã como a criança podem pegar uma infecção hospital. No quarto que ela está aguardando tem outras pacientes também. Até o lençol da cama só trocou hoje porque o meu sobrinho fez xixi na cama e eu trouxe de casa um lençol pra minha irmã”, contou um familiar da paciente na ocasião.
Em resposta, a Sesau lamentou todos os transtornos vivenciados pela paciente e informou que o procedimento estava marcado para ser realizado na tarde da segunda. Na ocasião o órgão confirmou ainda os problemas e garantiu que as dificuldades mencionadas foram situações pontuais que estavam sendo sanadas.
Redação PNB/ Foto reprodução