Intercâmbio internacional viabiliza partilhas de experiências entre comunidades internacionais

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O intercâmbio acadêmico busca promover a convivência com diferentes culturas e estilos de vida, através da mobilidade do estudante de sua universidade de origem para realizar parte de seus estudos em uma universidade estrangeira.

A temática foi discutida na mesa redonda “Experiências de intercâmbio e extensão no Mundo. O protagonismo estudantil em projetos de Aprendizagem Solidária”, no XII Workshop Nacional e III Internacional de Educação para Convivência com o Semiárido Brasileiro (Wecsab), no Departamento de Ciências Humanas, na Universidade do Estado da Bahia, campus Juazeiro.

A mesa teve a presença de professores e estudantes italianas que participam do programa e realizam atividades educativas junto à comunidade em Juazeiro. Paula Valentine Soares de Freitas, que atua na área de internacionalização e mobilidade acadêmica, incentivou a comunidade universitária a participar dos projetos de intercâmbio. “É uma mobilidade internacional que beneficia os dois países envolvidos, entretanto a internacionalização necessita de financiamento”.

A intercambista Diana Baruffaldi, da Università di Padova (Unipd) na Itália, explicou sobre o projeto de intercâmbio BEA, na qual ela e outras estudantes de psicologia fazem parte. “O programa é uma perspectiva de aprendizagem através do serviço solidário à comunidade”, declarou. O projeto é monitorado pelo professor e pesquisador da Uneb, Nicola Adrian, e visa o treinamento dessas estudantes por meio da realização de orientação psicológica às instituições como a Pastoral da Mulher, com ênfase ao protagonismo estudantil.

Participante da mesa redonda, Giulia Sailis, da Unipd, relatou a experiência de estagiar no Centro de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil (CAPS IJ) com o apoio psicológico oferecido pela própria equipe de intercâmbio, principalmente durante as consultas realizadas no local, que requerem sensibilidade e cuidado. “Através da força da equipe, há o apoio emocional e psicológico em momentos fortes”, esclareceu.

A partilha de experiências durante o intercâmbio foi discutida pelos estudantes de mestrado de pedagogia, do Ppgesa Lindemberg Silva de Almeida e Edvan Ferreira Cajuhy. “A principal vantagem trazida pelo intercâmbio é sair do comodismo e vivenciar as experiências do outro, sentir a dor do outro e com isso ter mais empatia com outro”, afirmou Lindemberg, após relatar sua vivência de forma emocionante com imigrantes de Bangladesh no período de intercâmbio na Itália. Para ele, a mobilidade ainda proporcionou, através das aulas de português, desconstruir a imagem estigmatizada pela mídia, do Brasil e do Nordeste.

Para Nicola Adrian, professor da Uneb, o programa de intercâmbio amplia o ponto de vista dos estudantes e enriquece culturalmente. “A mobilidade acadêmica não é apenas uma experiência rica educacionalmente, mas também emocional”, afirmou.

Para saber mais, acompanhe a cobertura do WECSAB no site do PPGESA https://www.youtube.com/@PPGESAUNEB

Por Guilherme Passos para Agência MultiCiência
Foto: Nicole Muniz

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