Escolas municipais de Juazeiro, no Norte da Bahia, estão com as aulas presenciais suspensas devido a paralisação dos funcionários da empresa EPIC, contratada da Secretaria de Educação e Juventude do município. Os profissionais, que atuam como agentes de portaria, Auxiliares de Serviços Gerais e merendeiras, alegam que estão com salários atrasados.
Em contato com o Portal Preto no Branco, responsáveis por alunos criticam a situação.
“Mais uma vez, os alunos estão sendo prejudicados por irresponsabilidade da prefeitura, que não honra seus compromissos. Foi praticamente o ano todo de suspensão das aulas por atrasos nos respasses, seja dos terceirizados, ou dos transportadores escolares. Nossos filhos estão pagando por esse descaso”, reclamou a mãe de alunos.
Ainda de acordo com os responsáveis, em algumas unidades estão com as aulas presenciais suspensas desde a última sexta-feira (10).
“Que situação é essa? Até quando seguirá esse descuido com a educação no município? Quantas vezes ainda as crianças serão prejudicadas?”, questionou o pai de uma aluna.
Na última quinta-feira (09), em contato com o PNB, os funcionários da empresa EPIC já haviam reclamado do atraso salarial e informou sobre a paralisação das atividades.
“Até hoje a empresa EPIC ainda não pagou os funcionários. Nossos salários deveriam ter caído no último dia 4. Quando perguntamos quando o pagamento será feito, só nos dizem que não há previsão. Estamos preocupados, pois temos contas para pagar. Não é a primeira vez que atrasam os nossos salários. Já estamos cansados dessa situação. Sabemos que a nossa paralisação vai prejudicar os alunos, mas não é justo trabalhar sem receber”, desabafou uma funcionária, que preferiu não ser identificada.
Encaminhamos a reclamação para a Secretaria de Educação e Juventude de Juazeiro.
Relembre
Na ocasião, Seduc declarou que estava ciente da situação, mas não informou quando o pagamento dos salários seria efetuado.
“A Secretaria de Educação e Juventude (Seduc) esclarece que está ciente da demanda apontada e reforça que, comprometida com os prestadores de serviço da Epic, tem adotado todas as medidas necessárias para que a situação seja regularizada. A Seduc reitera que a redução dos repasses do Governo Federal vem afetando diretamente a educação, visto que, mensalmente, o município precisa suplementar, com recursos próprios, o pagamento dos serviços prestados para suprir a lacuna deixada pela redução dos repasses”.
Redação PNB
