Em nota, Secretaria de Saúde de Juazeiro lamenta a morte do recém-nascido na Maternidade de Juazeiro e emite suas justificativas; família atribuiu o óbito a negligência no atendimento

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Em nota enviada ao PNB, a Secretaria de Saúde de Juazeiro, se pronunciou sobre a morte de um recém-nascido, que ocorreu no Hospital Materno Infantil (HMI) nessa segunda-feira (13).

Os familiares acusaram a equipe da unidade de negligência. Segundo a denúncia, a paciente Leiliane Ferreira da Silva, 29 anos, estava gestante de 9 mês e chegou na maternidade com a pressão arterial baixa, e demorou para ser atendida.

Na nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Juazeiro lamentou e se solidarizou “com a mãe e todos os familiares pela perda do bebê.”

A Sesau informou que “a paciente citada foi acolhida pela Maternidade Municipal, na tarde desta segunda-feira (13), e já durante a avaliação da equipe de triagem, foi detectado o falecimento do bebê, pois ele já chegou sem vida à unidade. A parturiente foi, de imediato, submetida a uma cesariana.”

A Sesau disse ainda que “devido a complicações pós-operatórias, a paciente foi encaminhada a uma unidade de referência em assistência de alto risco.”

Sobre a paciente ter sido transferida para o Dom Malan, em Petrolina, sem que a família fosse avisada e sem a presença da acompanhante a Sesau disse que “também lamenta a transferência da paciente sem o acompanhante no ato do encaminhamento e esclarece que houve um problema de comunicação entre setores. Porém a situação foi contornada para que não volte a repetir.

Entenda o caso

Um recém-nascido foi a óbito ainda na barriga da mãe, no Hospital Materno Infantil (HMI) nessa segunda-feira (13), e os familiares da criança acusam a equipe da unidade de negligência. Segundo a denúncia, a paciente Leiliane Ferreira da Silva, 29 anos, estava gestante de 9 mês e chegou na maternidade com a pressão arterial baixa, e demorou para ser atendida.

“Ela já vinha tendo alguns sangramentos, mas quando chegava na maternidade, eles davam medicamento e mandavam ela voltar para casa. Ontem, por volta das 11h45 ela chegou na maternidade muito fraca, suando frio, com dormência nas mão e pernas, e com a pressão muito baixa. Chegamos na porta do hospital e pedimos que fossem socorrê-la, mas demoraram muito. Quando levaram ela para dentro do hospital, ainda demoraram mais um tempo atendê-la e a pressão dela caiu ainda mais. Quando ela foi finalmente atendida, disseram que o bebê estava morto. Mas quando ela saiu de casa, a criança estava mexendo na barriga normalmente”, contou uma familiar do recém-nascido.

Eles acreditam que se a paciente tivesse sido atendida de forma imediata pela equipe médica do HMI, o recém-nascido teria sobrevivido.

“Mais uma vida tirada por negligência médica. Se ela tivesse recebido um atendimento rápido, o bebê teria nascido vivo. Mas a negligência médica e a desrespeito com as pessoas de baixa renda, continuam. Vamos ver até onde vai essa situação. Prefeita, o que você tem a dizer? O que os médicos têm a falar? Mais uma vida de um inocente perdida”, lamentou outra familiar da criança.

Os familiares de Leiliane Ferreira denunciaram ainda que a paciente sofreu uma hemorragia e foi transferida para o Hospital Dom Malan, em Petrolina, no sertão de Pernambuco, sem acompanhante e sem que a família fosse informada.

“Eu entrei como acompanhante dela e mandaram eu aguardar. Depois vieram me avisar que ela tinha sofrido uma hemorragia depois que retiraram a criança. Me falaram para continuar aguardando, que eles voltariam para me passar mais informações. Porém, eles transferiram ela para o Dom Malan, sem nem me avisar. Só fui saber porque outras pacientes me falaram. Isso não pode. O dever do hospital é avisar ao acompanhante sobre a transferência, mas levaram ela sozinha”, acrescentou outra familiar.

Encaminhamos as denúncias para a Secretaria de Saúde de Juazeiro e aguardamos uma resposta.

Redação PNB 

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