Escritora de Uauá manifesta sua indignação contra empresa que presta serviço à população uauaense: “13 dias sem água nas torneiras é um tapa na nossa cara”

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A escritora uauaense Pók Ribeiro enviou ao PNB, nesta sexta-feira (26), uma manifestação indignada sobre a falta de água no município de Uauá, Norte da Bahia.

A cidadã critica o atendimento da Embasa, empresa responsável pelo fornecimento de à população e observa: “È inadmissível que naturalizemos o descaso, o desrespeito, a afronta à dignidade humana, independente da justificativa, afinal, as contas seguem chegando até antecipadamente, apresentando um consumo irreal.”

E sugere: “Que sejam adotadas medidas capazes de reduzir os danos e em tempo hábil.”

Confira:

“Como filha de Uauá, com familiares e amigos residindo lá, não posso deixar de me manifestar com toda indignação e revolta mesmo, contra o aviltante problema da falta de água no município.

São anos e anos em que o município sofre com problemas relacionados ao abastecimento de água; é a triste repetição do descaso, do desrespeito à dignidade humana, da ingerência dos órgãos que deviam cuidar do fornecimento e distribuição adequada da água, tendo em vista que tanto o acesso à água potável, assim como ao saneamento básico são direitos humanos essenciais, como nos garante a Corte Interamericana de Direitos Humanos.

A população uauense, ao menos aqueles que não contam com o privilégio de possuir grandes cisternas e outros reservatórios, segue padecendo pela falta de água e o aviltamento de sua dignidade humana. Na Rua Pe. Maximilliano Miguel Focks, ou Rua da Caixa d’água e outras ruas do entorno (e talvez em mais tantas outras que eu não saiba nominar) a água caiu nas torneiras no último dia 14 de janeiro. São exatos 13 dias consecutivos sem água nas torneiras e sem nenhuma outra forma de abastecimento.

Diante dos inúmeros contatos, via redes sociais, telefone e presencialmente, a Embasa, empresa que deveria fornecer água potável à população, alega que houve danos na rede no último final de semana e, por isso, o fornecimento foi suspenso. E nos 5 dias que antecederam esse rompimento? Se o problema foi no fim de semana (sábado e domingo 20 e 21 de janeiro), por que até hoje, quinta-feira (26), ainda não há água nas torneiras?

Por que não foram adotadas medidas emergenciais de abastecimento? Quem se responsabiliza pelos danos gerados? É inadmissível que as pessoas tenham que ser obrigadas a comprar água mineral, muitas delas sem condições financeiras, ou recolher água da chuva que felizmente tem caído nesses últimos dias, para realizarem suas atividades básicas, para matar a sede.

Sobretudo, é inadmissível que naturalizemos o descaso, o desrespeito, a afronta à dignidade humana, independente da justificativa, afinal, as contas seguem chegando até antecipadamente, apresentando um consumo irreal. Se há problema técnico que sejam adotadas medidas capazes de reduzir os danos e em tempo hábil. 13 dias sem água nas torneiras é um tapa na nossa cara.

Importante destacar, também, que se trata de uma relação de consumo, baseada na prestação de um serviço essencial, e a sua suspensão prolongada e sem ações emergenciais, gera danos que precisam ser reparados. Exigimos respeito!

Pók Ribeiro

Redação PNB

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