“Venho mais uma vez pedir socorro para que o poder público venha resolver a questão do lixo na Quintino Bocaiúva! O morador voltou a acumular lixo nos fundos de casa e estamos notando a presença do mosquito da dengue em nossas casas. Minha esposa tem uma doença auto imune, por conta disso tem sua imunidade baixa, tenho uma filha pequena e minha casa está tendo mosquitos da dengue. Isso é pra deixar qualquer um louco. Sem contar que a grande maioria da vizinhança é de pessoas idosas,” assim um morador da Rua Quintino Bocaiúva, centro de Juazeiro, expressou sua preocupação com o acúmulo de lixo na via, em decorrência da ação de um jovem, também morador da rua, que sofre de um transtorno mental, segundo os vizinhos.
Os moradores enfrentam esse problema há anos e, pedem aos órgãos competentes uma solução definitiva. Segundo eles, o acúmulo de lixo na via é provocado por um vizinho que sofre de transtorno mental.
“Ele é acumulador e passa dia e noite catando lixo pela cidade e jogando na rua. Nós não suportamos mais esta situação. Precisa ter uma lei, uma ação das autoridades para que os demais moradores da rua tenha o direito a uma rua limpa, sem mal cheiro e sem o risco de doenças, pois a doença está na nossa porta. Convivemos com ratos correndo pela rua, entrando em nossas casas, baratas e agora com a dengue nossa preocupação aumenta. É uma questão grave de saúde pública. Isso precisa ser resolvido de uma vez por todas. Apelamos por ajuda”, pediu outra moradora da rua que também pediu para não ser identificada.
Em 26 de dezembro passado, publicamos reportagem chamando atenção para o problema e ouvimos o Serviço de Água e Saneamento Ambiental (SAAE) de Juazeiro. O órgão, informou que “realiza coleta de lixo regularmente,” e faria uma “ação articulada com outros órgãos para, mais uma vez solucionar o problema, que é recorrente devido ao acúmulo de lixo irregular feito por um dos moradores.”
O trabalho foi realizado. Um mês depois, voltou a se repetir para agonia dos moradores.
“Ou resolvem de vez esse problema, ou teremos que deixar nossas casas, por falta de uma ação do poder público que não nos garante nem o direito de viver com dignidade em nossas residências. Entra e sai prefeito e não vemos uma gestão competente para resolver este transtorno eterno,” concluiu a moradora.
O Portal Preto No Branco já produziu diversas reportagens com esta mesma reclamação dos moradores. A situação foi denunciada ao Ministério Público. Em julho de 2022, após diversas reportagens publicadas pelo PNB, uma força-tarefa realizou um mutirão de limpeza no local. Dias depois, o mesmo problema.
À época nós procuramos a Prefeitura de Juazeiro para saber sobre a assistência ao morador da rua que acumula o lixo. A equipe do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) informou que estava ciente da situação e tinha realizado uma visita ao imóvel, ofertando acolhimento a idosa, mãe do homem apontado como responsável pelo acúmulo de lixo. O Creas disse ainda que a idosa se negou a receber o atendimento.
“Diante das circunstâncias, as informações foram encaminhadas ao Ministério Público, que está analisando o caso.”
A equipe de saúde mental da Secretaria de Saúde também informou ao PNB que estava acompanhando o caso, em articulação com a Rede.
“Os profissionais estão buscando estratégias de vinculação do usuário ao serviço, com o intuito de oferecer a ele o cuidado necessário, por se tratar de um caso complexo.”
Portanto, muitos argumentos, justificativas e até encaminhamentos, mas nenhuma ação efetiva que resolva o conflito.
Redação PNB
