Em nota, Embrapa, em Petrolina, se manifesta sobre ocupação realizada pelo MST neste domingo (14)

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Após ocupação de uma área de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária- Embrapa Semiárido, em Petrolina (PE), e uma segunda área da Codevasf, utilizada pela Embrapa também em Petrolina, Sertão de Pernambuco, na madrugada do domingo (14), pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a instituição divulgou uma nota.

A ocupação do MST faz parte do Abril  Vermelho, Jornada Nacional de Luta em Defesa da Reforma Agrária e que repudia o “Massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, em 1996.

O movimento alega que a área de 1,5 mil hectares é “improdutiva, ociosa e abandonada” e a reivindica para desapropriação e assentamento.

Na nota, a Embrapa disse que teve duas áreas ocupadas pelo movimento e que são  campos experimentais. Uma delas foi ocupada em 2023.

“Nessa área, o uso contempla trabalhos de conservação e multiplicação de sementes e mudas de cultivares lançadas pela Embrapa”, disse a nota informando que na propriedade existe a produção de plantas forrageiras para alimentação dos rebanhos de bovinos, caprinos e ovinos, utilizados nas pesquisas para a pecuária do Semiárido.

A Embrapa destacou ainda outras atividades desenvolvidas na propriedade como, reserva para alimentação dos animais na forma de silos; experimentos com frutas, em particular o umbuzeiro; estudos relativos à diversidade das espécies da caatinga, subsidiando estratégias de conservação e manejo; espaço de 20 hectares destinado à realização bianual do maior evento de agricultura familiar e tecnologias para convivência com o Semiárido, o Semiárido Show.

“Esse evento disponibiliza, compartilha e promove o intercâmbio e interação de experiências e tecnologias apropriadas aos agricultores familiares da região, atingindo um público cada vez maior de produtores e sendo referência em transferência de tecnologias para a região Nordeste”, acrescentou a Embrapa.

A outra área ocupada é utilizada pela Embrapa Semiárido há mais de 40 anos em regime de comodato e atualmente está com a Codevasf- Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba.

“O espaço que foi ocupado pelos integrantes do MST corresponde à parte do Campo Experimental de caatinga destinada ao manejo dos rebanhos, particularmente ao pastejo em área de vegetação natural, associado ao regime de criação extensiva”, informou a empresa.

Na nota, a Embrapa explicou que  a “diversidade de usos das áreas e a rotatividade dos enfoques são normais em uma instituição de ciência e tecnologia como a Embrapa, que lida com os desafios do campo e cujo desenvolvimento de soluções requer necessariamente experimentos conduzidos em terras destinadas à pesquisa”.

A empresa também ressaltou que “essa característica é fundamental para que a instituição permaneça conectada com a realidade da agricultura e da pecuária, considerando os diferentes perfis de produtores e realidades sociais e econômicas. A existência dessa infraestrutura é que nos permite a geração de tecnologias voltadas para a melhoria da qualidade de vida das populações rurais”.

A empresa concluiu afirmando “está aberta ao diálogo e adotando as medidas cabíveis para solucionar a situação”.

Redação PNB

 

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