Comitê discute sobre a desertificação na bacia do São Francisco

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Buscando a integração das pautas entre os comitês afluentes e o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, o coordenador da Câmara Consultiva Regional do Submédio São Francisco, Cláudio Ademar esteve semana passada no município de Morro do Chapéu (BA), onde participou da XLVI Reunião Plenária Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Salitre.

Sendo uma das regiões fortemente impactadas com conflitos diversos ao longo do seu leito, durante a reunião foram abordadas ações desenvolvidas nas Unidades de Conservação de Morro do Chapéu e interligação com as Bacias Hidrográficas, além da apresentação de estudo sobre reuso de água e apresentação sobre o Fundo Eletrobrás para Projetos Ambientais.

O coordenador da CCR Submédio, Cláudio Ademar destacou as ações desenvolvidas pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco através da CCR Submédio no combate à desertificação. Em 2023, foi criado o Grupo de Trabalho com a participação do Governo Federal através dos seus ministérios, para discutir, propor e realizar ações de combate à desertificação na bacia do São Francisco. Este ano, a CCR Baixo São Francisco também se uniu à iniciativa.

“Essa aproximação do Comitê da Bacia do São Francisco com seus afluentes é essencial para uma boa prática de gestão da bacia como um todo. Não adianta a gente pensar na calha sem pensar nos seus afluentes, até porque os afluentes são os canais que trazem água para a calha do São Francisco, então precisamos ter um objetivo, metas de gestão de toda a bacia e aí aproximar o comitê dos afluentes é a estratégia correta para isso. Na reunião, falamos sobre a desertificação, assunto que interessa a todo mundo e onde nossa região é muito afetada, então foi bastante produtivo criar um canal de aproximação. Tenho buscado, como coordenador, fazer essas aproximações. Já estivemos com o CBH do Lago de Sobradinho e agora do Comitê do Salitre e vamos buscar sempre estar próximo porque, reforço, a visão tem que ser de bacia como um todo”, afirmou o coordenador da CCR, Cláudio Ademar.

A presidente do CBH Salitre, Suely Nelson Argôlo agradeceu a parceria com o CBHSF. “Agradecemos ao Comitê do São Francisco pelo compartilhamento de saberes que fortalecem o nosso Comitê de Bacias. Também contamos com a palestra sobre o estudo do reuso de água feita pela EMBASA /Salvador e a apresentação das Unidades de Conservação de Morro do Chapéu e interligação com as Bacias Hidrográficas. Ressalto que essas informações são de fundamental importância para podermos avançar na luta em sintonia com todos os atores e parceiros que possam nos fortalecer nessa caminhada voluntária que só abraça quem tem amor pela causa”, destacou a presidente do CBH Salitre.

Rio Salitre-A bacia do rio Salitre faz parte da bacia do rio São Francisco, localizada no norte do Estado da Bahia tendo os rios Vereda da Caatinga do Moura, Pacuí e Riacho Escurial como parte de sua fonte hídrica, abrangendo nove municípios e uma população de mais de 96 mil habitantes.

O rio Salitre nasce na localidade de Boca da Madeira, no município de Morro do Chapéu (BA), percorre cerca de 333 quilômetros até desaguar no Rio São Francisco em Juazeiro, onde se torna perene. Nesse trecho se encontram adutoras que auxiliam a subsistência de diversos produtores. Mas é nesse ponto em que também ocorrem conflitos pelo uso da água.

Na região de Juazeiro, o rio percorre o Projeto Salitre, que conta atualmente com 255 lotes agrícolas destinados a pequenos produtores rurais e 68 empresariais em uma área de 5.098 hectares onde 1,5 mil hectares correspondem à área irrigada cultivada.

 

Ascom/CHBSF

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