O secretário estadual do Meio Ambiente (Sema), Eduardo Sodré, afirmou em entrevista ao Bahia Notícias que, mesmo em meio a crise nacional no combate às queimadas nos biomas da Amazônia, Cerrado e Pantanal, a Bahia tem logrado êxito em preservar os recursos naturais e combater os incêndios florestais.
Com relação ao Nordeste, a Bahia figura o segundo lugar em número de queimadas em 2024, com mais de 7 mil focos de incêndio, atrás apenas do Maranhão. No radar nacional, o estado cai para o 11º lugar no ranking do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Sobre os dados, o secretário da Sema aponta que, apesar dos índices, os números de incêndios florestais na Bahia vão na contramão do país e apontam um declínio das queimadas.
“Sofria, queria registrar isso. Se pegarem dados de hoje, os relatórios que nós temos, na grande maioria dos estados, mais que triplicou os focos de incêndio e a Bahia ficou fora disso, coisa que não figurou no ano passado e anos anteriores. E isso é fruto de um trabalho em conjunto”, conta. O secretário cita ainda o trabalho realizado no grupo de trabalho do Governo Estadual, o Bahia Sem Fogo.
O grupo, criado em 2010, atua em ações de prevenção e combate aos incêndios florestais na Bahia e, segundo o secretário, conta com a participação da Secretaria de Educação, da Secretaria de Segurança Pública e da Secretaria de Saúde. “Esse grupo de trabalho é constituído por uma forma transversal como o meio ambiente é na sua essência”, afirmou.
Sodré explica que a transversalidade nas ações de preservação ambiental são um princípio técnico da área e faz um paralelo com as fragilidades da gestão ambiental brasileira:
“A gente tem que entender que o trabalho em conjunto e trabalhando o tripé que as ações de combate a incêndio exigem, que é as ações de prevenção, de combate e de mitigação. Não adianta a gente pensar como está pensando hoje o Brasil, de atuar tão somente no combate, com aeronaves, forças de campo, brigadistas, enfim. Tem que trabalhar o preventivo, que é o quê? É conscientização, a capacitação das brigadas voluntárias, entregas de EPIs e EPCs, educação ambiental, estudos de caso, entendendo como é que se deu no passado para que não aconteça de novo no futuro”, detalha.
Bahia Notícias