O dia 20 de novembro busca valorizar a cultura afro-brasileira e promover a luta contra o racismo no Brasil. A data tem uma origem marcada por resistência, memória e celebração, e não foi escolhida de forma aleatória.
Por que 20 de novembro?
No dia 20 de novembro de 1695, Zumbi dos Palmares, líder do maior quilombo do período colonial, foi morto pelas forças do governo. O Quilombo dos Palmares, localizado na atual região de Alagoas, tornou-se símbolo de resistência à escravidão e de luta pela liberdade. A figura de Zumbi, que liderou esse refúgio por quase duas décadas, inspirou os movimentos negros a transformar essa data em um marco de consciência e resgate histórico.
O Dia da Consciência Negra começou a ganhar destaque em 1971, quando uma organização negra de Porto Alegre sugeriu a data como alternativa ao 13 de maio, dia da abolição formal da escravatura. Para os ativistas, o 13 de maio era insuficiente para representar a luta da população negra, já que não reconhecia o protagonismo dos escravizados e seus descendentes na busca por liberdade e igualdade.
A oficialização do Dia da Consciência Negra aconteceu em 2003, quando a data foi incluída no calendário escolar como um momento para debates e atividades pedagógicas sobre racismo, discriminação e a importância da cultura afro-brasileira. Em dezembro de 2023, com a Lei nº 14.759/23, o Presidente Lula formalizou o 20 de novembro como feriado nacional, consolidando a data como um marco de reflexão em todo o país.
O dia 20 de novembro vai além de homenagens a Zumbi dos Palmares. Ele promove discussões fundamentais sobre racismo estrutural, desigualdade social e a valorização da cultura e das contribuições da população negra na formação do Brasil.
Redação PNB