Especial: Salve, Salve, Chico Romão, um símbolo de resistência e bem querer a Juazeiro da Bahia!

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Neste domingo (28), Francisco Romão Carneiro, o Professor Chico Romão, completaria 95 anos. Um visionário que nasceu em Juazeiro do Norte (CE), mas foi em Juazeiro da Bahia que fez história e deixou um legado de resistência, retidão de caráter, esperança e fé.

Chico, batizado pelo Padre Cícero, veio para o São Francisco aos 12 anos onde viveu até janeiro de 1998, ano da sua passagem para o plano espiritual.

O Portal Preto No Branco reverencia a história de Chico Romão, figura inspiradora para as gerações de juazeirenses que acreditam em uma sociedade mais justa e igualitária.

A editora do PNB, Sibelle Fonseca, com muito orgulho, declara a influência de “Seu Chico Romão” na sua construção de cidadã e consciência política, o que se reflete no fazer profissional da jornalista juazeirense. O Portal Preto No Branco, no conjunto de seus integrantes, segue os passos de Chico Romão, por igualdade, liberdade e fraternidade.

Salve, Salve, Chico Romão, um símbolo de resistência e bem querer a Juazeiro da Bahia! 

Trajetória

Em 1955, iniciou o curso de Engenharia Civil na UFBA, um privilégio para a época, compartilhado com seu irmão João, que cursou Direito. Retornou a Juazeiro devido à doença do pai. Casou-se em 1957 com a professora Terezinha Lisboa Romão, sua companheira de vida, com quem teve quatro filhos: Gleide (falecida), Frederico, Domingos e Roberto.

Foi professor de matemática renomado e fundador de diversos cursos em Juazeiro e Petrolina, marcando a vida de muitos alunos nos Colégios Rui Barbosa, Ginásio de Juazeiro/Edson Ribeiro e Estadual de Petrolina.

Perseguido pela ditadura militar, em 5 de abril de 1964, após denúncias anônimas, foi preso no centro de Juazeiro e chegou a ser impedido de lecionar. Dias presos em condições degradantes, na capital baiana, respondeu ao processo em liberdade, sob intensa pressão psicológica devido ao recrudescimento da ditadura, com o AI-5, mortes e torturas. Acusado de ser comunista, Chico teve o processo “arquivado por absoluta falta de provas” em 1970.

“Apenas três testemunhas mantiveram a acusação de comunista: Raimundo Medrado Primo, diretor do Rui Barbosa na época, Ivan Amorim e o Sr. conhecido como Álvaro Pesão”, conta a história.

Chico Romão sempre se dedicou ao desenvolvimento de Juazeiro, atuando em projetos para o sistema fluvial e ferroviário, na Faculdade de Agronomia e no comércio local. Apesar das perseguições, tornou-se um empresário de sucesso, com as indústrias de Café e Sabão Barranqueiro e a UNIGRAF.

Coordenou diversas campanhas políticas, mas sempre se afastou dos eleitos por não ver seus esforços refletidos em melhorias para a cidade.

“Faleceu em janeiro de 1998, desestimulado por não ter visto a Juazeiro que tanto sonhou”.

Redação PNB   

1 COMENTÁRIO

  1. Que Chico Romão! Um verdadeiro ícone juazeirense, mesmo com sua trajetória cheia de aventuras na ditadura. Impressionante como ele manteve a esperança e fundou escolas, sem esquecer de arrumar um negócio pra variar, né? Seu contributo para a soma das esferas local é imenso! E a Sibelle Fonseca do Portal Preto No Branco, que inspiração! Pura chispa de cidadania vinda do Seu Chico. A gente só pode agradecer por ter um símbolo assim de resistência e bem-querer na Bahia! Um salve ao Romão, que continua vivo na consciência política juazeirense!deltarune the girl prophecy

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