De acordo com informações obtidas pelo PNB, foi solto ontem (3), o juazeirense Manoel Tenório Rapadura Neto, que estava preso desde o dia 13 de outubro em Belém, no estado do Pará, acusado de estelionato.
Ele foi preso em flagrante e teve a prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça do Pará.
Ainda de acordo com as informações a defesa do acusado conseguiu um Habeas Corpus e a prisão foi revogada.
Prisão
A decisão pela prisão preventiva foi assinada pela juíza plantonista Mônica Maciel Soares Fonseca, que destacou que a conduta do acusado revela sofisticação na prática criminosa, com uso de identidade falsa, contratos simulados e promessas fraudulentas, além do envolvimento de terceiros para dar aparência de legalidade aos atos ilícitos.
Na decisão, a juíza citou os riscos à ordem pública, a gravidade concreta dos fatos e a possibilidade de reiteração criminosa. Segundo o despacho, a medida era necessária para garantir a instrução do processo e assegurar a aplicação da lei penal.
Acusação de estelionato no Pará
Em Belém do Pará Manoel Tenório foi preso após denúncia do diretor do Governo do Estado do Pará, Diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas FAPESPA, Márcio Ivan Lopes Ponte de Souza. Em depoimento na Polícia Civil, ele relatou que conheceu o Manoel no último dia 03, em um restaurante na capital paraense.
Ainda conforme as informações, Manoel se apresentou como representante do governo da Bahia e membro do GSI da presidência da República, afirmando que atuava na organização de eventos para os governos baiano e brasileiro, inclusive envolvendo a COP 30, que será realizada em Belém. O acusado teria convencido a vítima a firmar um suposto contrato de locação de imóveis e veículos da vitima no valor de R$ 275.550,00.
Posteriormente, segundo relatos, Manoel informou que a vítima precisaria de um adiantamento no valor de cerca de R$ 80.000,00 para garantir o local do evento, garantindo que devolveria o montante assim que recebesse 800 mil reais do governo da Bahia. O acusado também teria pedido um empréstimo pessoal à vítima de R$ 40.000,00, prometendo devolver após o saque de valores de R$ 800.000,00 que, segundo ele, estariam bloqueados no Banco do Brasil, o que segundo a polícia, não procede.
No depoimento, Márcio Ivan também contou que realizou várias transferências para contas indicadas por Manoel, que chegou a dizer que iria doar dois relógios ROLEX avaliados em R$ 25.000,00 cada. Em data posterior, a vítima realizou nova transferência para cobrir o combustível de viagens, no valor de R$ 2.400,00 e outro de 3.200,00. A vítima sofreu um desfalque de aproximadamente 120 mil reais.
A vítima também declarou que o suspeito chegou a dormir em sua casa em algumas ocasiões, alegando que assim ficaria mais fácil que Márcio ajudá-lo nos procedimentos do saque de 800 mil reais para pagar as despesas. Outro ponto destacado pela vítima, foi que Manuel Tenório foi apresentado a outras autoridades do estado interessado em alugar imóveis e veículos para a estadia da comitiva do governo da Bahia na COP 30 e também da comitiva da Consulesa de Luxemburgo.
A vítima desconfiou do golpe, após repassar 40 mil reais para o acusado de estelionato e ele sumir. Manuel Tenório foi localizado, através de um motorista contratado e que também foi vitima de um golpe.
Na agência bancaria, Márcio Ivan Lopes Ponte entrou em contato com o Capitão Luiz Paulo chefe de Operações da capital, Belém, sede da COP 30. Ele foi preso em flagrante e conduzido a delegacia, onde o caso foi formalizado.
Acusações de estelionato na Bahia
Após denúncias de golpes aplicados por Manuel Tenório Rapadura Neto, em Juazeiro, e também em Salvador, o Chefe de Gabinete da Vice-Governadoria, Coronel Robson Pacheco, passou a apurar os crimes. No final do mês de setembro último, o coronel se reuniu com o coordenador da 17ª Coorpin de Juazeiro, Delegado Flávio, com o comandante do Comando Regional de Policiamento Norte, Coronel Hildon, e com o Ministério Público para apurar os golpes.
Segundo denúncias publicadas no Portal Preto No Branco, o acusado se passava por assessor político, dizia ter ligação com políticos influentes e, além da oferta de falsas vagas de emprego, ele também prometia agendamento de cirurgias, cobrando valores das vítimas.
O Coronel Robson Pacheco foi designado para vir a Juazeiro investigar o uso indevido do nome do vice-governador e de seu filho, o Deputado Matheus Ferreira, para prometer empregos e facilitar cirurgias em troca de valores.
Em entrevista no programa Preto no Branco da Transrio FM, com a jornalista Sibelle Fonseca, o Oficial PM alertou a população, sindicatos, entidades filantrópicas e ONGs sobre os golpes com promessas falsas emprego, cirurgias e doações, cobrando valores pelo frete.
“Esclareço também as associações, o terceiro setor que tanto ajudam o Estado nas ações sociais de inclusão, de acolhimento, que o trâmite não se dá através de prepostos e sim através do nosso gabinete e do gabinete do deputado e todos de forma oficial, atos que são publicados em Diário Oficial. Cargos públicos não são ofertados via telefone, exames admissionais não são exigidos, nós também não temos advogado representando o deputado Matheus Ferreira aqui na região, nem o vice-governador. Então, isso está mais similar a uma organização criminosa. Peço que as pessoas acionem o Blog Preto Branco, que vai chegar até mim, e todo e qualquer tipo de denúncia encaminhar para o Dr. Flávio, Delegado Regional, ao Coronel Hildon, que já está ciente, ao Ministério Público (…) para que esses fatos não ocorram nem com o nome do vice-governador. nem do deputado, nem com nenhum político. Que o estelionatário seja indiciado, denunciado e punido”, alertou.
Confira denúncias:
Redação PNB
Minha amiga, cada vez que você coloca uma nota sobre esse rapaz, você também se desgasta.
Parece perseguição.
Deixe o cara pagar as contas dele com a justiça e Deus
Parabéns a equipe envolvida nas apurações dos fatos, a vice governadoria, na chefia do Coronel Robson Pacheco, este que lustra o cargo que ocupa, sucesso!!