Cerca de 200 pessoas, por dia, têm circulado no prédio da extinta sede regional do Ministério da Cultura (MinC), no Pelourinho, em Salvador. O espaço está ocupado desde a terça-feira, 17, por artistas, produtores, trabalhadores da cultura e movimentos sociais em protesto pela gestão do atual governo interino que culminou, inclusive, com a fusão das pastas da Educação e Cultura.
Na manhã desta sexta-feira, 20, o presidente do Conselho Estadual de Cultura, o juazeirense Márcio Ângelo Ribeiro, esteve no imóvel ocupado em visita de apoio ao movimento. O presidente assinalou que pretende ampliar o diálogo com os agentes culturais envolvidos e os convidou para a próxima Sessão Plenária do órgão, prevista para acontecer em junho.
“Queremos manter o Conselho de Cultura sempre próximo das ações em defesa da democracia”, assinalou o presidente. O agente cultural Gordo Neto, integrante da comissão de comunicação da ocupação, assinalou a importância desse momento de aproximação com o presidente do Conselho.
“As estruturas formais, como o Conselho de Cultura e os Colegiados Setoriais, são importantes no processo de interlocução dos movimentos sociais com o governo”, assinalou. Gordo Neto explicou que a ocupação tem sido um espaço de formação permanente. Serão promovidas ações artísticas, debates e momentos de diálogo com profissionais ligados ao setor de políticas culturais. A partir de articulações nacionais, Neto afirma que o movimento Ocupa MinC chegou a 18 estados, com previsão de alcançar todas as unidades da Federação nos próximos quatro dias.