XV de Julho por João Gilberto Guimarães Sobrinho

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XV de Julho

É que onde eu nasci passa um rio,

correnteza de alegrias

de tantas frutas e gentes no tabuleiro

verdejantes águas movendo sorrisos e sonhos

na sombra,

de um frondoso Juazeiro

guarida dos encontros

de ribeirinhos e vaqueiros,

ramos que se alastram nos contornos da história

de pescadores e tropeiros.

dorme ainda o Nego dágua na escultura

sonhandoSaldanhas marinhos

entre outras aventuras

ao som de balsas e velhos vapores e bossas

samba por um fio

a serpente do destino

que o futuro nos reserva.

vejo o tracejo da ponte no gracejo do traço

doParlim poeta amigo,

rabiscandomeninos e pipas alegres

no azul dos Montes claros,

ilustrações coloridas projetadas

por toda orla da saudade.

Juazeiro que brota

sem dia ou hora,

na marcha das procissões

da nossa senhora,.

padroeira do meu pai,

(que bem o guarde!)

a protetora da cidade.

É que onde eu nasci passa um rio,

chamado felicidade.

João Gilberto Guimarães Sobrinho

 

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