Preto no Branco

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PT pede inegibilidade de Bolsonaro, mas não há prazo para TSE julgar caso

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(foto: reprodução)

O Partido dos Trabalhadores pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a inelegibilidade da chapa de Jair Bolsonaro à Presidência por abuso do poder econômico ou político e por uso indevido de meio de comunicação social. A ação acontece com base em reportagem do jornal Folha de S.Paulo, publicada nesta quinta-feira, que aponta que empresários compraram irregularmente pacotes massivos de envio de mensagens contrárias ao PT pelo WhatsApp para beneficiar a campanha do militar reformado. Bolsonaro nega irregularidades e afirma que sua campanha só atua com voluntários sobre os quais não tem controle.

Não há um prazo para que a ação seja julgada, segundo o TSE. Isso pode demorar meses, pois o processo ainda passa por etapas como a manifestação do Ministério Público Eleitoral e da defesa. Caso se aceite a impugnação antes de a realização do segundo turno, no domingo 28 de outubro, a legislação prevê que a votação ocorra com o terceiro colocado, que no caso foi Ciro Gomes (PDT). Se ocorrer após o segundo turno, e a chapa for eleita, pode enfrentar um processo de cassação.

Nesta sexta, o tribunal promete conceder uma entrevista coletiva junto com representantes do Governo federal “para tratar das medidas institucionais adotadas para responder aos questionamentos levantados no primeiro turno das Eleições 2018”. Se não decidir tratar de modo rápido o pedido petista e se não houver reviravolta na campanha que tem Bolsonaro como favorito, o Brasil pode reviver um episódio conhecido: a de um presidente eleito respondendo a uma ação no TSE e com o risco de ter a sua chapa cassada. Foi o que aconteceu em 2014, quando o PSDB representou na Corte Eleitoral contra a então presidenta Dilma Rousseff, também por abuso de poder econômico durante a campanha.

“Pensa na ação [de contestação] da chapa Dilma-Temer. Foi exatamente a mesma coisa, e está começando da mesma forma”, afirma um ex-ministro do TSE, que falou sob condição de anonimato. Os tucanos moveram a ação contra Dilma depois da sua reeleição, com base em supostas irregularidades. Depois, o então candidato derrotado Aécio Neves diria que ação fora movida “para encher o saco”. Depois de uma série de reviravoltas —além de pedidos de vista, a ministra relatora do caso arquivou a denúncia em um primeiro momento, mas ela foi reativada após um recurso do PSDB—, o caso só terminou em junho de 2017, com a absolvição da chapa, tendo voto decisivo de Gilmar Mendes, que evocou a estabilidade do país como motivação.

“O que queremos é a apuração dos crimes denunciados. O montante de recursos e o número de empresários envolvidos nesse complô é muito grande. Temos a informação de que 156 empresários estão envolvidos nisso. As pessoas vão ser chamadas a depor. Ele deixou rastro e nós vamos atrás”, escreveu Haddad em sua página nas redes sociais.

Segundo esse ex-ministro do TSE, mesmo se a ação contra Bolsonaro não passar por obstáculos semelhantes à de Dilma, a tendência é que a Corte só consiga analisá-la em definitivo no segundo semestre do ano que vem. “Em um ano mais ou menos resolve, antes de outubro de ano que vem”, afirma. Um advogado eleitoral, que comentou o caso para reportagem, avalia que, embora o rito processual seja semelhante ao processo contra Dilma, a peça apresentada nesta quinta pelo PT é frágil. Dessa forma, diz, há probabilidade de que ela seja indeferida na sua apreciação preliminar. Mesmo que haja o indeferimento inicial, há a possibilidade de um recurso para o plenário do TSE, o que faria o caso se arrastar, no mínimo, durante os primeiros meses de um eventual Governo Bolsonaro, se não houver mudanças nas pesquisas.

“Esse caso parece a versão de Bolsonaro da trama russa”, escreveu o analista Brian Winter, editor-chefe da revista norte-americana Americas Quarterly, comparando o escândalo brasileiro com a investigação sobre a suposta associação entre Donald Trump e a Rússia para influenciar as eleições norte-americanas de 2016. “Não é mau para arruiná-lo de vez, mas é o suficiente para ficar como ameaça sobre sua cabeça, dando ao establishment uma causa para retirá-lo se quiserem. É um motivo para a oposição protestar e uma desculpa para não digerir/aceitar a derrota”, seguiu em seu Twitter.

Os fundamentos da ação
Segundo a reportagem da Folha, empresários que apoiam o militar reformado compraram de companhias especializadas um serviço chamado “disparo em massa” de mensagens por WhatsApp. O serviço pode replicar mensagens selecionadas para uma base de dados da própria campanha ou números fornecidos pela empresa, o que contraria a legislação eleitoral que prevê que não se pode comprar base de dados de terceiros para campanhas. A prática pode configurar doação de campanha por empresa, o que também é ilegal. E pode conter outra irregularidade caso se comprove que partiu de uma campanha política e não foi registrada na prestação de contas no TSE. De acordo com a Folha, um dos empresários que realizou o serviço foi Luciano Hang, dono da Havan, que apoia publicamente Bolsonaro e já foi obrigado pela justiça eleitoral a retirar um post pago pró-candidato de seu Facebook por também ser irregular. Ele nega que tenha contratado as empresas.

A ação protocolada pelo PT no TSE argumenta que “tais condutas são ilegais, uma vez que consubstanciam, a um só tempo, doação de pessoa jurídica, utilização de perfis falsos para propaganda eleitoral e compra irregular de cadastros de usuários”. O documento também aponta que “segundo a reportagem, os preços por mensagem [disparada] variam entre R$ 0,08 a R$ 0,40, a depender de qual base de dado é utilizada, [por isso] resta evidente que a contratação de disparos em massa, caso confirmada, configura abuso de poder econômico e uso indevido de meios de comunicação digital, condutas vedadas pela legislação eleitoral.”

O partido também utiliza para justificar o pedido dados que apontam o possível alcance de notícias falsas contra Fernando Haddad. Citando uma reportagem da agência de checagem de dados Lupa, publicada pela revista Piauí, que afirma que as dez notícias falsas mais populares flagradas desde o mês de agosto tiveram juntas mais de 865 mil compartilhamentos no Facebook. A segunda mais compartilhada, por exemplo, que afirmava falsamente que Haddad convidou o deputado Jean Wyllys para ser ministro da educação, teve 219.800 compartilhamentos. “Resta evidente claro o abuso de poder econômico na medida em que a campanha do candidato representado ganha reforço financeiro que não está demonstrado nos gastos oficiais de arrecadação eleitoral e, possivelmente têm origem vedada (Pessoa Jurídica), todavia os resultados do abuso perpetrado serão por ele usufruídos”, ressalta o documento. Haddad afirmou em seu Twitter que existem 156 empresários envolvidos, mas não explicou quais são e como sabe disso.

El País Brasil

Prefeitura de Juazeiro e Associação de Juremal promovem IV Festival do Doce de Leite

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(foto: divulgação)

A Prefeitura de Juazeiro, através da Agência de Desenvolvimento Econômico, Agricultura e Pecuária (ADEAP) e a Associação de Desenvolvimento Econômico e Social de Juremal (ADESJUL), realizarão de 19 a 21 de outubro, na Praça Manoel Gonçalves Neto da sede do distrito (40 km de Juazeiro), o IV Festival do Doce de Leite de Juremal.

O Doce de Leite de Juremal é fabricado de forma artesanal e produzido há cerca de um século, sendo passado de geração a geração como principal fonte de renda para várias famílias. “A realização do Festival do Doce de Leite é uma ferramenta de extrema importância para o resgate, divulgação e fortalecimento da cultura local, com a inserção de antigas tradições para as novas gerações. Além de proporcionar a abertura de outros mercados e de oportunidade de grandes negócios”, destacou José Wilson Chaves (Chaveco), diretor de Pecuária da ADEAP.

O evento que contará ainda com uma vasta programação cultural é um instrumento capaz de inserir as doceiras, os produtores de leite e outros comerciantes afins, num contexto comercial mais amplo. “O Festival tem o objetivo de diversificar e divulgar os produtos fabricados a partir do leite (cabra e vaca), proporcionar aos produtores de Juremal e dos demais distritos de Juazeiro, oportunidades de capacitação, negociação e divulgação de suas iguarias e conquistar novos consumidores”, observou o titular da ADEAP, Tiano Felix.

Os organizadores do evento, através do festival, vêm buscando transformar o distrito em um centro de referência de resgate da culinária artesanal dos antigos moradores, promovendo a geração de emprego e renda e a melhoria da qualidade de vida. Além disso, objetiva proporcionar o desenvolvimento do turismo rural e o fortalecimento da comercialização dos produtos da agricultura familiar.

O evento conta com a parceria da ADAB, Fetag, SEBRAE, IRPAA, STRJ, Banco do Nordeste, CESOL, UNEB, Polícia Militar da Bahia, Câmara Municipal de Juazeiro, Governo Federal, ADAC, COOAFJUR, ACAC e UNIVASF.

Programação:

Sexta – feira (19/10)

17h – Acolhida dos expositores;
19h – Apresentação Cultural;
20h às 23h – Show musical com Amigos do Forró.

Sábado (20/10)

07h – Abertura do evento para visitação do público
08h às 22h – Exposição dos empreendedores locais, com degustação e comercialização dos produtos da culinária local
13h às 17h – Show musical com Manasses
17h – Homenagem a Carlinhos da Mana (Gordo) e ao Bar de Jorge Rodrigues
17h 30 – Degustação da “rapa” do doce de leite no tacho, com o pão de Cesário
18h – Apresentação cultural – Grupo de Teatro Acalanto – Cidinho
18h30 às 22h – Show musical com Banda Mirage
22h às 02h – Show musical com Matheus do Acordeon

Domingo (21/10)

07h – Abertura do evento para visitação do público
08h às 15h – Exposição dos empreendedores, com degustação e comercialização dos produtos da culinária local
10h às 13h – Show musical com Quel Barreto
13h às 17h – Show musical com Skema 02
17h às 20h – Show musical com Edinho e Banda.

Ascom ADEAP

“Solidariedade à CNBB”, por Roberto Malvezzi (Gogó)

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(foto: arquivo pessoal)

“Nas horas de Deus, amém”, musicou meu irmão de música e caminhada Zé Vicente, tomando a expressão do meio do nosso povo.

Diante da irracionalidade Jesus se calou. Era a hora das trevas.

“O ódio é um fardo pesado demais para se carregar. Decidi ficar com o amor”, alertou Luther King.

Pois bem, os ataques à CNBB não se deram apenas na fala do Bozo dizendo que a Conferência é a “parte podre da Igreja”, junto com o CIMI. Nem apenas por aquele homem agredindo as pessoas na porta da sede da CNBB em Brasília. Mas é de forma contínua, por um massivo envio de e-mails, de telefonemas, por outras mídias sociais. Agridem também os padres mas missas e houve ameaça de jogar bomba na sede. Já foi constatado que parte do ataque provém de um robô situado em Portugal.

É para intimidar e conseguem seu objetivo com as telefonistas, as recepcionistas, todos e todas que tem a tarefa do contato mais imediato com o público.

A preocupação fundamental é o que vai acontecer com os indígenas, os quilombolas, as periferias geográficas, físicas, sociais e existenciais de nosso país, caso a tendência eleitoral se confirme.

Mas, o pior mesmo é a punhalada pelas costas, daqueles que “comem o mesmo pão”, dos irmãos de episcopado. Fico imaginando a amargura de Jesus ao mergulhar o pão no vinho e oferecer a Judas. O traidor comia do mesmo pão e bebia do mesmo cálice. Seria bom que os bispos que são solidários a seus irmãos pudessem fazer ao menos uma carta de solidariedade à Conferência. Também nós, do povo de Deus, à semelhança da Ampliada das CEBs, podemos estar presentes.

É hora de nos solidarizarmos com essa “parte podre da Igreja”, afinal, eu faço parte dela. A solidariedade, ainda que frágil, às igrejas periféricas, que circulam pelas selvas da Amazônia, pelos interiores do sertão nordestino, pelas periferias das grandes cidades. Aí reside aquele pequeno resto, fiel ao melhor do Evangelho, ainda que tantas vezes também pecadora e machucada, como diz o Papa Francisco, também ele recebendo uma enxurrada de ataques de brasileiros.

Lembremo-nos que ao final de tudo só restam Deus e o amor prático que tivemos em vida pelos irmãos mais necessitados e pelo cuidado com a Criação que Deus nos deu para “cultivarmos e guardarmos”.

Roberto Malvezzi

Prefeitura de Juazeiro inaugura mais duas ruas pavimentadas dentro do ‘Toda Sexta tem Obra’

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(foto: divulgação)

Cumprindo mais uma agenda do Programa ‘Toda Sexta Tem Obra’ a Prefeitura de Juazeiro inaugura nessa sexta-feira (19), às 09h, a pavimentação e saneamento das Ruas Sândalo e Nova Esperança, no bairro Jardim das Acácias.

Juntas, as duas ruas têm uma extensão aproximada de 215 m e foram beneficiadas com os serviços de saneamento, drenagem superficial (meio fio e sarjeta), calçadas e pavimentação em paralelepípedos de pedra calcária, em toda a extensão. Com a inauguração das duas ruas o bairro passa a ter 12 vias totalmente pavimentadas, saneadas e entregues pelo Prefeito Paulo Bomfim somente este ano.

A pavimentação e saneamento das duas vias faz parte do Programa Pavimenta Mais e do conjunto de obras do Projeto da Intervenção da Poligonal Urbana de Juazeiro que contempla um total de 12 bairros com obras de pavimentação, drenagem, recapeamento de parte do corredor de ônibus da Poligonal, revitalização, urbanização e macrodrenagem do Canal da Malhada da Areia (dando origem a duas avenidas paralelas), revitalização, urbanização e macrodrenagem do Canal CAIC, dentre outras intervenções.

Ascom/SEDUR

Ele diz que não sabia: Bolsonaro se manifesta sobre escândalo do Caixa 2

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“Eu não tenho controle se tem empresário simpático a mim fazendo isso. Eu sei que fere a legislação. Mas eu não tenho controle, não tenho como saber e tomar providência”, afirmou o candidato do PSL Jair Bolsonaro, após  escândalo envolvendo a compra de disparos por WhatsApp.
Às vésperas do segundo turno das eleições, a notícia impactou o Brasil.
Segundo o Jornal A Folha de São Paulo, a campanha do presidenciável do PSL, encomendou mensagens que poderão ser consideradas como doações não contabilizadas, o que se assemelha ao caixa 2 de campanha.  Além disso, essas doações são feitas por empresas – o que é proibido.
A lei eleitoral diz que, em casos assim, o beneficiado responde e pode sofrer as consequências da lei.
Segundo a reportagem do jornal, cada empresa pagava até R$ 12 milhões por contrato com as agências de disparo de mensagens. Segundo a legislação, os candidatos à presidência só podem gastar R$ 70 milhões na campanha.
O presidenciável Fernando Haddad (PT) e o ex-candidato Ciro Gomes (PDT) decidiram ir à Justiça pedir a impugnação da candidatura de Bolsonaro.
Segundo juristas, o caso denunciado pelo jornal Folha de São Paulo pode resultar na cassação do postulante, se ficar comprovado.
Da Redação

Andrezza Santos lança clipe ‘Cansei’ hoje (18) no Youtube

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(foto: divulgação)

‘Cansei’, a primeira composição da menina de voz firme e afinada, Andrezza Santos, virou clipe e será lançada às 19h desta quinta-feira (18) no Youtube. O clipe foi produzido em parceria com a produtora audiovisual NU7 produções, com direção e roteiro de Joedson Silva e estará também disponível nas principais plataformas de streaming da artista.

Dona de uma sensibilidade aguçadissima, Andrezza Santos denuncia nesta canção situações onde a mulher é silenciada, subestimada e controlada através da imposição de poder; da violência psicológica e verbal; e da tentativa de controlar uma outra existência dentro de uma relação ativa ou não.

Segundo o diretor do clipe, fazer o roteiro foi ao mesmo tempo um desafio e um prazer. “Um desafio, porque na Nu7 Produções, somos quatro homens e uma mulher e eu me senti quase que desautorizado a estar à frente da criação dessas imagens. Partimos então da escuta e, principalmente, das considerações da única mulher da Nu7 (Ana Emídia) e penso que conseguimos chegar em algo que atendesse ao que Andrezza esperava; Um prazer, porque admiro a pessoa, a presença, a energia e o trabalho de Andrezza”, pontuou Joedson Silva. A produção do clipe também contou com o apoio da estilista juazeirense Ninfa Tavares assinando o figurino da cantora

‘Cansei’ ficou entre as 24 melhores músicas do 48º Festival Nacional da Canção, que aconteceu em Minas Gerais em setembro último e faz parte de uma obra autoral que promete e muito. A cantora, instrumentista e atriz Andrezza Santos é paulista e mora há 3 anos em Juazeiro – BA.

O próximo passo será o lançamento de seu primeiro disco, que foi produzido com Iago Guimarães, do estúdio Casinha LAB e será lançado em novembro nas principais plataformas digitais, mostrando a versatilidade e a maturidade da cantora que encanta com uma bonita voz e compõe com poesia e serenidade.

CLAS Comunicação & Marketing

Cantor juazeirense denuncia manifestação homofóbica de membro da Igreja Católica, em Petrolina

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(foto: Semário Andrade)

O artista Juazeirense Alan Cléber participou da edição de quarta-feira (17), do programa Palavra de Mulher na web, quando manifestou sua indignação em relação a uma nota de repúdio lançada por um membro da Igreja Católica, que segundo o cantor, foi direcionada a sua participação na quermesse da Festa de Nossa Senhora Aparecida, da paróquia da Vila Eduardo, em Petrolina, ocorrida no último dia 2 de outubro.

Sem citar nomes, o autor da nota, publicada em sua rede social, disse que é inaceitável a participação de qualquer artista que “não esteja alinhado com a moral católica”. Em um dos trechos ele escreveu: “Do que adianta cantar bonito e até música “religiosa”, se antes e após aquela “festinha católica” continua com hipocrisia de cantar em todo lugar e qualquer tipo de música, apoiando coisas que é contra a nossa FÉ. Desrespeitando valores e princípios que a Igreja defende e considera fundamentais por serem essenciais à dignidade da pessoa, seja em exposições ou em vídeos. Artistas que apoiam artistas que difamam Deus nas suas “artes”, chamando JESUS de Gay e invocando nas suas músicas o próprio demônio.”

O cantor Alan Cleber considerou a manifestação como homofóbica e afirmou ter testemunhas que provam que as críticas foram dirigidas a ele, pela sua declarada orientação sexual. Segundo o artista, que foi convidado pela igreja para fazer um show beneficente no evento, sem cobrar cachê, a nota de repúdio foi publicada antes da realização do show, porém, ele só teve conhecimento da publicação após o evento.

“Foi uma nota que ele tentou impor, como uma espécie de abaixo-assinado, para que as pessoas repudiassem minha participação na festa. Ninguém foi a favor desse cidadão. Fiz o show lindamente e fui aplaudido de pé”, disse o cantor.

O artista contou ainda que os responsáveis pela Paróquia de Nossa Senhora Aparecida foram totalmente contra o ato do membro da igreja.

“O Frei Leandro, que é da paróquia, mandou mensagem pra mim dizendo que algumas pessoas haviam perguntado se iam cancelar o show, mas ele respondeu que isso não ia acontecer de maneira alguma”, contou Allan.

Em contato com o Preto no Branco, João Victor Souza Guimarães, que assina a nota de repúdio, confirmou a autoria e publicação, no entanto alegou que não foi destinada especificamente ao cantor Alan Cleber, mas “à todos os cantores”.

A justificativa não convenceu o cantor que disse na entrevista, ser o único artista da grade de programação da festa, que se apresenta em casas noturnas da região.

“Os demais cantores fazem parte da igreja. Dos que se apresentaram, o único artista que faz bar e que canta em qualquer festinha, como ele cita na nota, e que na visão dele poderia ofender os princípios da religião, sou eu. Ele não citou meu nome, mas está óbvio e claro que foi direcionado para mim. Uma das coordenadoras do evento, e que se dispôs a testemunhar ao meu favor, confirmou que o repúdio do “cristão”, foi direcionado a mim mesmo. Depois disso, eu não tive mais dúvidas. Foi comigo sim. Foi por preconceito, um ato homofóbico”, rebateu Alan Cléber.

O artista juazeirense afirmou ainda que está acionando João Victor na Justiça.

Assista a entrevista na íntegra:

Da Redação

Haddad se reúne com evangélicos e recebe apoio para o segundo turno

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(Foto: Ricardo Stuckert)

Fernando Haddad, candidato à presidência pelo PT, reuniu-se com líderes evangélicos na manhã desta quarta-feira (17), em São Paulo. A reunião contou com a participação de integrantes das igrejas Assembleia de Deus, Metodista e Batista, entre outras congregações.

O presidenciável divulgou uma carta direcionada aos evangélicos, alertando que a campanha de Jair Bolsonaro contra sua candidatura é baseada em mentiras e especulações espalhadas pelo whatsapp. No texto, Haddad ainda afirmou que, desde as eleições de 1989, o medo e a mentira são semeados entre o povo cristão contra candidatos do PT.

A justiça social e a defesa da liberdade religiosa foram dois pontos centrais defendidos por Haddad.

“Nós nunca tivemos uma campanha tão dura, não apenas do ponto de vista do ambiente político, mas do ponto de vista das armas que estão sendo usadas para ganhar voto, e, que, na minha opinião, traz desesperança para as pessoas, ao invés de esperança”, disse o candidato.

“Em um país tão desigual quanto o Brasil, o único projeto que concebo é um projeto que garanta a mais ampla liberdade para as pessoas, em todos os âmbitos. Liberdade de se expressar, de se organizar, de abraçar uma religião. Liberdade de dizer o que pensar, de ser convencido e de convencer. E de outro lado, complementar a esse, tentar a todo custo, por todas as ações, individuais e institucionais, superar as enormes desigualdades que marcam nosso país”, completou Haddad.

O petista falou sobre a influência religiosa de seu avô e os valores cristãos enraizados em sua família, e ressaltou o papel das diversas religiões na sociedade. “O Estado não pode ser propriedade de uma religião, tem que abraçar a todas. Muitas vezes as pessoas confundem a expressão Estado Laico. O Estado Laico não é o que vira as costas para as religiões, mas sim o Estado que reconhece todas as crenças e que oferece oportunidade para a pregação, que é importante em qualquer sociedade”.

Fake news

A disseminação de notícias falsas relacionadas a Haddad também foram criticadas pelos líderes religiosos. O pastor Ariovaldo Ramos, por exemplo, argumentou que a religião evangélica não deve ser conivente com mentiras.

“A Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito se une à candidatura do professor Fernando Haddad para denunciar a mentira. Para denunciar a inverdade, a calúnia, a mistificação. Para nós, é de absoluta prioridade que o candidato Fernando Haddad tenha o direito de ser diretamente ouvido pelo nosso povo. Para que possamos destruir a dissimulação”, disse.

Ariovaldo reforçou que a Bíblia condena a reprodução de inverdades. “As escrituras sagradas nos ensinam que o diabo pode se transformar em anjo de luz e usar apóstolos para dizer a mentira. É o que lamentavelmente temos assistido. Nos reunimos para deixar claro que os evangélicos trabalham com a verdade. Quando a mentira vem à tona, não representa mais a fé evangélica”.

Mônica Francisco (Psol), pastora evangélica recém eleita deputada estadual pelo Rio de Janeiro, ressaltou a importância de se posicionar em momentos como o da atual conjuntura política.

“Nesse tempo de vergonha, de angústia, de desolação, nós nos levantamos por esse projeto de vida e de verdade. Dizemos que a verdadeira Igreja, a Igreja que proclama verdade e a Justiça, se levanta nesse dia e apoia, em aliança e comunhão incondicional, a candidatura de Haddad”, afirmou.

O presidenciável relembrou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou que notícias como a distribuição do “Kit gay” em escolas públicas, utilizada contra sua campanha, são falsas.

“Se alguém quiser me conhecer, basta saber o que eu disse. Eu como homem público, há 18 anos, já dei muita entrevista sobre todos os assuntos. Nunca fugi de uma pergunta porque acho que é responsabilidade do homem público dizer quem é. Não é pelo Whatsapp que irão me conhecer. Quem não me conhece, não vai me conhecer pelo Whatsapp do meu adversário, tem que me conhecer pelo que eu falei ao longo de duas décadas de vida pública”, declarou Haddad.

Ana Estela, esposa do candidato, e a deputada estadual Benedita da Silva (PT) também participaram do encontro.

Contra a violência

A defesa do porte de armas é um dos carros chefe da candidatura de Bolsonaro e dos 52 parlamentares do Partido Social Liberal (PSL) eleitos no dia 7 de outubro. Presente no encontro, o pastor Henrique Vieira, da Igreja Batista e da Frente Cristã “O amor vence o ódio”, criticou o armamento da população.

“Nós somos discípulos daquele que disse que o amor é sua principal marca. Jesus não pediu que as pessoas se armassem. Jesus pediu que as pessoas se amassem. O amor não comemora a morte. O amor não exalta tortura, não despreza as mulheres. O amor não estimula a violência, não incita o ódio. O amor não é capaz de provocar a morte. O amor é fonte de vida”, enfatizou Vieira.

Haddad afirmou incisivamente que a liberação do porte de armas irá gerar mais violência.

“Para sairmos da crise, o caminho é ter uma carteira de trabalho em uma mão e um livro na outra. Não precisamos andar armados para nos sentirmos seguros se o Estado estiver fazendo seu trabalho”, comentou o candidato.

Íntegra da carta ao povo cristão

Quero me dirigir diretamente ao povo evangélico neste momento tão decisivo da vida de nosso Brasil, cujo futuro será decidido democraticamente nas urnas do próximo dia 28.

Para estar no segundo turno, tive que vencer uma agressiva campanha baseada em mentiras, preconceitos e especulações massivamente espalhadas pelo Whatsapp e outras redes sociais, contra mim e minha família.

“Estas seis coisas o Senhor odeia, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, o coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal, a testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos.” (Provérbios 6:16-19)

Desde as eleições de 1989, o medo e a mentira são semeados entre o povo cristão contra candidatos do PT. Comunismo, ideologia de gênero, aborto, incesto, fechamento de Igrejas, perseguição aos fiéis, proibição do culto: tudo o que atribuem ao meu futuro governo foi usado antes contra Lula e Dilma. As peças veiculadas, de baixo nível, agridem a inteligência das pessoas de boa vontade, que não se movem pelo ódio e pela descrença.

“Ó Deus, a quem louvo, não fiques indiferente, pois homens ímpios e falsos, dizem calúnias contra mim, e falam mentiras a meu respeito.” (Salmos 109:1-2). Que provas tenho a oferecer para desmentir quem usa meios tão baixos para enganar, fraudar a vontade popular?

Minha vida, em primeiro lugar: sou cristão, venho de família religiosa desde meu avô, que trouxe sua fé do Líbano quando migrou para o Brasil para construir vida melhor para sua família. Sou casado há 30 anos com a mesma mulher, Ana Estela, minha companheira de jornada que criou comigo dois filhos, nos valores que aprendemos com nossos pais. Sou professor, passaram por minhas mãos milhares de jovens com os quais aprendi e ensinei meus sonhos de um Brasil digno e soberano.

Minha vida pública, em segundo lugar: minha atuação, como Ministro da Educação e como Prefeito de São Paulo, fala por mim. Abri as portas da educação para os mais pobres, das creches – nas quais o governo federal passou a investir pesadamente em minha gestão – à Universidade. Antes do ProUni, do FIES sem fiador, do ENEM, da criação de vagas em instituições públicas e gratuitas de ensino e das cotas raciais, o ensino superior era inacessível para jovens negros, trabalhadores e da periferia. Busquei humanizar a metrópole que me foi confiada, buscando inovações para ampliar os direitos, à moradia, à mobilidade urbana, ao meio ambiente sadio, à convivência fraterna.

Sempre contei, no MEC ou na Prefeitura de São Paulo, com a parceria com todas as denominações religiosas. Tratei a todas de forma igualitária. Os governos Lula e Dilma, bem como nossos governos estaduais e municipais, sempre reconheceram dois pilares do Estado democrático: é laico e, como tal, não privilegia nem discrimina ninguém em razão de sua religiosidade. Nenhuma Igreja foi perseguida, o direito de culto sempre foi assegurado, a liberdade de expressão também.

Nenhum dos nossos governos encaminhou ao Congresso leis inexistentes pelas quais nos atacam: a legalização do aborto, o kit gay, a taxação de templos, a proibição de culto público, a escolha de sexo pelas crianças e outras propostas, pelas quais nos acusam desde 1989, nunca foram efetivadas em tantos anos de governo. Também não constam de meu programa de governo.

“Acautelai-vos quanto aos falsos profetas. Eles se aproximam de vós disfarçados de ovelhas, mas no seu íntimo são como lobos devoradores. Pelos seus frutos os conhecereis. É possível alguém colher uvas de um espinheiro ou figos das ervas daninhas? Assim sendo, toda árvore boa produz bons frutos, mas a árvore ruim dá frutos ruins.” (Mateus 7:15-17).

Os frutos que quero legar ao Brasil como Presidente são a justiça e a paz. Emprego para milhões de desempregados e desempregadas poderem sustentar com dignidade suas famílias. Salário justo, com direitos que foram eliminados pelo atual governo e que serão trazidos de volta com a anulação da reforma trabalhista, e o direito à aposentadoria, ameaçado pela reforma da Previdência apoiada pelo atual governo e meu adversário. “Aprendei a fazer o bem; procurai o que é justo; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas.” (Isaías 1:17)

Quero governar o Brasil com diálogo e democracia, com a participação de todos e todas que se disponham a doar de seu tempo e talentos na construção do bem comum. Um governo que promova a cultura da paz, que impeça a violência, que nunca use da tortura e da guerra civil como bandeiras políticas. Que una novamente a Nação brasileira, para que volte a ser vista com esperança pelos mais pobres e com respeito pela comunidade internacional.

Apresento-me, pois, diante dos irmãos e irmãs das mais variadas denominações cristãs, com a sinceridade e honestidade que sempre presidiram minha vida e meus atos. A Deus, clamo como o salmista: “guia-me com a tua verdade e ensina-me, pois tu és Deus, meu Salvador, e a minha esperança está em ti o tempo todo.” (Salmos 25:5). E a vocês, peço justiça, a justa apreciação de meus propósitos e o voto para concretizar essas intenções num governo que traga o Brasil aos caminhos da justiça, da concórdia e da paz.

Fernando Haddad

Brasil de Fato

Dia de combate à sífilis terá testes rápidos e gratuitos no CTA em Petrolina nesta sexta-feira (19)

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(foto: Jonas Santos/divulgação)

Uma ação com a realização de testes rápidos e orientações educativas sobre infecções sexualmente transmissíveis, com foco na sífilis, acontecerá nesta sexta-feira (19), no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), em Petrolina. A atividade faz parte das comemorações do Dia Nacional de Combate à Sífilis, celebrado em todo o país no terceiro sábado de outubro, mas que será comemorado um dia antes na cidade.

Qualquer pessoa pode comparecer, munido de documento de identificação e cartão SUS. Os serviços serão ofertados das 7h às 18h. Além dos testes rápidos, que são gratuitos e ficam pronto em 30 minutos, para sífilis, estarão disponíveis testes para HIV e hepatites B e C.  Se detectada alguma das doenças, o tratamento é feito dentro das unidades de saúde e também no Serviço de Atendimento Especializado, anexo ao CTA.

De acordo com a Secretaria de Saúde da cidade, segundo o último Boletim Epidemiológico da Vigilância em Saúde de Petrolina, foram registrados, até setembro de 2018, 116 casos de sífilis adquirida, 75 casos em gestantes e 42 de sífilis congênita – que é passada de mãe para filho durante a gestação.

A sífilis é causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum, que é geralmente transmitida via contato sexual e que entra no corpo por meio de pequenos cortes presentes na pele ou por membranas mucosas. A infecção desenvolve-se em diferentes estágios e os sintomas variam conforme a doença evolui.

Recomenda-se que gestantes façam os testes já no primeiro trimestre da gestação, assim como o parceiro, pois, em caso de confirmação da doença, não adianta tratar a mulher e o bebê, e o homem continuar infectado. Essa medida impede novas infecções pela bactéria.

A prevenção é o caminho mais fácil para evitar a sífilis.

O CTA funciona na Rua Joaquim Nabuco, S/N, de segunda a sexta-feira.

Da Redação